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FTX revela que recuperou mais de R$ 25 bilhões em ativos perdidos

Valor se soma aos US$ 450 milhões em criptoativos que estavam sob custódia da exchange e foram apreendidos nas Bahamas

Corretora de criptoativos FTX declarou falência em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 14h06.

Última atualização em 11 de janeiro de 2023 às 14h12.

A corretora de criptoativos FTX informou as autoridades dos Estados Unidos que recuperou cerca de US$ 5 bilhões (R$ 26 bilhões, na cotação atual) de seus ativos que estavam com um paradeiro desconhecido desde a falência da empresa, em novembro de 2022.

O advogado da empresa anunciou nesta quarta-feira, 11, que "localizamos mais de US$ 5 bilhões em dinheiro, criptomoedas líquidas e títulos de investimento líquidos medidos no valor da data da petição".

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Além disso, a FTX também sabe que US$ 425 milhões em criptoativos estão sob custódia da Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas, país onde a exchange era sediada. Os ativos foram apreendidos pouco antes da deportação do ex-CEO da empresa, Sam Bankman-Fried.

De acordo com o advogado da FTX, a quantia "simplesmente não atribui nenhum valor às participações em dezenas de tokens ilíquidos, onde nossas participações são tão grandes em relação à oferta total que nossas posições não podem ser vendidas sem afetar substancialmente o mercado desses tokens".

Inicialmente, os responsáveis pelo processo de falência da FTX afirmaram que tinham sido capazes de encontrar pouco mais de US$ 1 bilhão de ativos perdidos da corretora de criptoativos até dezembro de 2022. Com o anúncio, o total disponível aumenta significativamente.

Até o momento, ainda não está claro quanto a FTX deve aos seus credores. Ao solicitar a falência nos Estados Unidos, a exchange alegou que as dívidas variavam entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões, sem dar números mais precisos. A expectativa é que as dívidas sejam detalhadas para a Justiça dos EUA nos próximos meses.

O novo CEO da FTX, John Ray, afirmou que a falência da corretora de criptoativos foi uma "falha completa", e que os responsáveis pela empresa não realizavam balanços contábeis, o que dificulta a localização dos ativos.

"Considerando desde a falta de integridade de sistemas comprometidos e uma supervisão regulatória falha no exterior, até a concentração de controle nas mãos de um grupo muito pequeno de inexperientes, não sofisticados e potencialmente parciais indivíduos, esta situação é inédita", disse.

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