Focado nos contratos inteligentes, BLOK11 é o novo ETF de criptoativos negociado na bolsa brasileira
A B3 acaba de ganhar um novo ETF para os investidores que pretendem lucrar a partir de criptomoedas relacionadas aos contratos inteligentes, como ether, solana e cardano
Mariana Maria Silva
Publicado em 22 de junho de 2022 às 15h04.
Última atualização em 22 de junho de 2022 às 15h15.
Para acompanhar o avanço global dos contratos inteligentes no mercado, a bolsa de valores brasileira vai receber um novo ETF, o BLOK11. Desta forma, investidores poderão obter exposição a ativos como ether, cardano, solana e avalanche, de forma simplificada e segura.
Os contratos inteligentes, ou smart contracts em inglês, surgiram com a rede Ethereum e possibilitaram a criação de diversas aplicações que utilizam a tecnologia blockchain, conhecidos como dApps. É por meio deles que o blockchain deixou de ser apenas uma rede de transações em criptomoedas e possibilitou a existência dos mais diversos recursos, como NFTs, jogos, e até o metaverso.
Os contratos inteligentes fizeram com que criptomoedas nativas destas redes se destacassem como um investimento. Agora a intenção é que este investimento esteja disponível diretamente na bolsa brasileira, a B3.
Disponível a partir desta quarta-feira, 22, o BLOK11 foi criado pela Investo e replica o índice MVIS Crypto Compare Smart Contract Leaders Brazil Index. Projetado para seguir o desempenho de criptoativos como ether, cardano, solana, avalanche, polkadot, cosmos, algorand, fantom e outros, o índice é administrado pela Market Vector Index Solutions.
"Estamos orgulhosos de nos associarmos à Investo para trazer este índice de ponta em Smart Contracts para o dinâmico mercado brasileiro de ETFs", declara Steven Schoenfeld, CEO da MarketVector Indexes. "A aceleração da inovação dos produtos da Investo se alinha perfeitamente com o papel pioneiro da MarketVector no desenvolvimento de índices de ativos digitais", acrescentou Schoenfeld.
A Investo é uma gestora brasileira independente especializada em ETFs. Criada em 2020, a empresa já possui parceiros de peso como BTG Pactual, Nubank, Credit Suisse, Inter e Modal.
"Acreditamos que o investidor brasileiro está compreendendo o potencial que os ETFs possuem no mercado financeiro, e com a chegada do BLOK11, esperamos que ele possa fortalecer, ainda mais, os investimentos brasileiros no setor de criptoativos", afirmou Cauê Mançanares, CEO da Investo.
Já disponível na B3, cada cota do ETF custa inicialmente R$ 100 e a taxa de administração é de 0,7% ao ano. De acordo com a Investo, o BLOK11 é tributado como um ETF de renda variável, ou seja, há o pagamento de 15% sobre o ganho de capital na venda das cotas. Em caso de compra e venda no mesmo dia, a alíquota é de 20%.
Os ETFs podem ser uma alternativa interessante para diversificar a carteira de investimentos sem precisar lidar com as peculiaridades da tecnologia blockchain e das criptomoedas, que envolve o manejo de carteiras digitais, frases semente e chaves privadas. Além disso, a Investo destacou outras vantagens, como a exposição a um mercado em rápida expansão e a obtenção de liquidez dentro do Brasil, já que os ETFs são negociados na bolsa brasileira.
"Estamos vivendo uma era extremamente tecnológica e que nos demanda estar antenados a todo momento sobre o desenvolvimento de tecnologias no mundo todo. A tecnologia blockchain está só no começo de uma tendência secular, e é uma honra para a Investo acompanhar essa evolução com o lançamento do BLOK11. Com esse ETF, trazemos para o investidor brasileiro o produto mais diversificado para investimento em smart contracts de forma inteligente", afirmou Mançanares.
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