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Com dados do IBGE e benefícios exclusivos, coleção de NFTs brasileira quer diversidade no metaverso

NFTs são gerados por algoritmo que utiliza dados do IBGE para representar a diversidade do povo brasileiro; idealizadores pretendem usar dinheiro de vendas para construir Centro Cultural no metaverso Decentraland

NFTs da Brasil com S oferecem beneficios exclusivos baseados nos tipos brasileiros, como CDF, Cria e Militudo (Brasil with S/Reprodução)

NFTs da Brasil com S oferecem beneficios exclusivos baseados nos tipos brasileiros, como CDF, Cria e Militudo (Brasil with S/Reprodução)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 19 de agosto de 2022 às 12h02.

Última atualização em 19 de agosto de 2022 às 12h03.

Um espaço exclusivo da cultura brasileira no metaverso, onde o fenótipo de cada avatar carrega a marca da miscigenação que fez do Brasil uma mistura de raças que se estampam desde a textura e a cor da pele até os diversos costumes que se multiplicam pelos quatro cantos do maior país da América do Latina, celeiro inesgotável de artistas e vários outros talentos, muitos dos quais também devem marcar presença neste mundo virtual.

É o que promete o projeto “Brasil Com S”, uma coleção de tokens não fungíveis (NFTs). Os avatares que representam a diversidade do brasileiro serão lançados no próximo dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, na rede Ethereum.

“Nossa ideia é que cada brasileiro se sinta representado em uma de nossas artes. Nós acreditamos que podemos tomar as rédeas e ajudar o país. Queremos o apoio de todo mundo que se identificar com a nossa comunidade. A proposta é abrir espaço para os artistas do Brasil se apresentarem neste centro cultural. Queremos inovar também e levar debates, discussões, qualificar o conteúdo neste espaço e fincar a nossa bandeira no metaverso", explicou o fundador do Brasil com S, o cineasta Moisés Santana.

Pelo que consta no roteiro do projeto, os valores arrecadados com a venda dos NFTs, cujos detalhes ainda não foram informados, serão utilizados para a compra de um terreno na plataforma de metaverso Decentraland, onde deverá ser construído um centro cultural.

Os NFTs emitidos também poderão ser utilizados como foto de perfil e avatares nas redes sociais, assim como as coleções famosas Bored Ape Yacht Club e World of Women. Além disso, eles vão liberar utility tokens na proporção de 500 tokens para cada NFT comprado.

(Mynt/Divulgação)

Os utility tokens, ou "tokens de utilidade" em português, serão utilizados em um clube de benefícios dentro e fora do metaverso, nas áreas da educação, turismo, cultura, dentre outras. Os investidores também receberão outros 10 tokens diariamente em suas carteiras, enquanto permanecerem em posse de seus NFTs.

Em relação às características físicas das artes, elas são distribuídas a partir de um algoritmo criado com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para tentar garantir o máximo de diversidade e representatividade.

Segundo o que informou a “Brasil Com S”, cada NFT também possui um atributo baseado nos estereótipos brasileiros que se reverte em um benefício exclusivo ao investidor. Dois exemplos são o “Cult Bacaninha”, que prevê descontos em shows e exposições, e o “CDF”, relacionado a descontos ou gratuidade em cursos online.

Outros ganhos serão revertidos diretamente para causas sociais, como o "Militudo" e o "Cria’', os quais as artes que vierem com eles vão destinar os seus royalties de transações para movimentos sociais e ONGs de proteção ambiental. Isso porque os avatares possuem variados itens, representativos de diferentes regiões do país, como o chapéu de cangaceiro, por exemplo.

Por sua vez, os acessórios poderão ser utilizados como se fossem roupas e acessórios virtuais no metaverso, já que um dos planos contempla a construção de um centro cultural. O local também servirá como uma vitrine para os artistas brasileiros além abrigar shows, exposições e outros eventos, de acordo com o que informou a assessoria do projeto.

A Brasil Com S conta ainda com as participações da ilustradora Maria Eduarda, do diretor de tecnologia Euler Reis, da tradutora e gestora de comunidade Julia Avanzi, da diretora de marketing Bruna Carboni, da social media Larissa Boaventura, do redator-chefe Luiz Felipe Fernandez, do diretor financeiro Matheus Volpe e da designer Gabriella Ribeiro.

Na última semana, a Funarte abriu as portas para a primeira exposição de NFTs do Brasil. O projeto "Casa NFT" utilizou a tecnologia blockchain para eternizar obras de arte urbana realizadas em uma casa prestes a ser demolida. Um ano depois, o projeto apresentou o resultado na exposição e revelou a intenção de realizar o mesmo em novas casas pelo Brasil.

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