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CEO da Coinbase critica possível proibição de depósitos de criptomoedas nos EUA

Modalidade, conhecida como "staking", oferece uma forma de investidores obterem uma renda passiva com ativos digitais

Ethereum é o maior blockchain que atualmente permite o staking de criptomoedas (Jack Taylor/Getty Images)
JP

João Pedro Malar

Publicado em 9 de fevereiro de 2023 às 10h51.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2023 às 10h51.

Brian Armstrong, CEO da corretora de criptomoedas Coinbase, fez um post no Twitter na quarta-feira, 8, criticando uma possível proibição por parte da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos ( SEC, na sigla em inglês) do chamado "staking", uma modalidade de renda passiva que envolve o depósito de criptos.

O responsável pela maior exchange dos EUA comentou que estava ouvindo "rumores" sobre essa possibilidade, que proibiria o staking para clientes de varejo. "Espero que não seja esse o caso, pois acredito que seria um caminho terrível para os EUA se isso ocorresse", disse Armstrong.

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Na visão do CEO da Coinbase, a modalidade de renda passiva com criptomoedas é "realmente muito importante para a inovação no mercado cripto", já que "permite que os usuários participem diretamente da administração de redes blockchain abertas".

"O staking trouxe muitas melhorias positivas para o ecossistema cripto, incluindo escalabilidade, maior segurança e pegadas de carbono reduzidas", destacou Armstrong. O termo "pegada de carbono" se refere ao tamanho dos danos ambientais gerados por uma determinada atividade, empresa ou pessoa.

Armstrong deu a entender que o motivo para a possível proibição por parte da SEC seria a visão de que as criptomoedas depositadas em staking se tornariam valores mobiliários, com um serviço que oferece uma renda fixa garantida. O CEO ressaltou que não concorda com essa visão, já citada anteriormente pelo presidente da SEC, Gary Gensler.

O CEO defendeu ainda que é preciso garantir que "novas tecnologias sejam incentivadas a crescer nos EUA e não sufocadas pela falta de regras claras. Quando se trata de serviços financeiros e Web3, é uma questão de segurança nacional que esses recursos sejam desenvolvidos nos EUA".

Ele defendeu ainda que uma regulação impositiva "não funciona" e incentiva empresas a operarem fora dos Estados Unidos, "que é o que aconteceu com a FTX". "Espero que possamos trabalhar juntos para publicar regras claras para a indústria e criar regras responsáveis que protejam os consumidores e preservem a inovação".

Atualmente, diversas redes blockchain e corretoras de criptomoedas oferecem serviços de staking, incluindo a Ethereum. Apesar do presidente da SEC ter criticado essa modalidade, afirmando que as criptomoedas ligadas a esses blockchains se tornavam valores mobiliários, outra agência reguladora dos EUA manteve a visão de que o ether é uma commodity, indicando uma falta de consenso no país sobre o tema.

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