Bitcoin ultrapassa US$ 60 mil, mas despenca em seguida: o que está acontecendo?
Confira a explicação de um especialista para o mais recente “sobe e desce” do bitcoin
Repórter do Future of Money
Publicado em 16 de setembro de 2024 às 12h16.
Última atualização em 16 de setembro de 2024 às 13h39.
O bitcoin e as principais criptomoedas iniciam a semana sendo negociados no vermelho nesta segunda-feira, 16.
A maior criptomoeda do mundo em valor de mercado é cotada a US$ 57.740, com queda de mais de 4% apenas nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.
“A faixa de US$ 58.300, que se configurava como o suporte mais relevante no curto prazo, foi perdida isso abriu espaço para uma correção até a zona de suporte entre US$ 55.750 e US$ 56.600”, avaliou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
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Por que o bitcoin despencou?
Nesta semana que se inicia, o mercado de criptomoedas tem suas atenções inteiramente voltadas para um acontecimento importante, que pode definir o rumo da cotação de seus principais ativos.
Na próxima quarta-feira, 18, acontece a reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC), na sigla em inglês. Nesta data, o Federal Reserve, banco central norte-americano, irá divulgar sua decisão para a política monetária do país, que vem impactando significativamente as criptomoedas, classificadas como ativos de risco.
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Especialistas já “dão como certo” um corte na taxa de juros dos Estados Unidos, o que poderia ser positivo para as criptomoedas. No entanto, o risco de recessão paira no ar graças aos dados recentes que revelam um enfraquecimento no mercado de trabalho do país. Um corte muito expressivo pode alimentar essa preocupação entre especialistas e investidores.
“Após a alta do bitcoin, que chegou a superar 10% na última semana, impulsionado pela performance de ativos de risco como o S&P 500, que se aproximou de suas máximas históricas, bem como o fluxo positivo de mais de US$ 400 milhões para os ETFs de bitcoin após duas semanas consecutivas de saídas, as atenções agora se voltam para a reunião do FOMC”, explicou João Galhardo.
"Um corte de 0,25% na taxa de juros dos EUA sinalizaria o início de um movimento gradual de afrouxamento monetário, em linha com o cenário de convergência da inflação em direção à meta de 2%. Esse movimento, moderado e previsível, poderia reforçar a confiança dos investidores de que o Fed esteja mantendo o controle na condução da economia para um soft landing”, acrescentou.
"No entanto, um corte mais agressivo de 0,50% pode trazer uma leitura diferente para os investidores, podendo ser vista como uma resposta direta à recente desaceleração do mercado de trabalho, que já demonstra sinais de enfraquecimento. Esse movimento indicaria que o Fed está agindo para conter uma deteriorização mais rápida da economia, alimentando receios de uma possível recessão”, concluiu o especialista.
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