Bilionário diz que bitcoin deve ser "tratado como o ouro e o petróleo"
Howard Lutnick, que também é CEO da gestora Cantor Fitzgerald, defendeu que criptomoeda tenha mesma classificação de commodities
Redação Exame
Publicado em 1 de outubro de 2024 às 16h50.
O CEO da gestora Cantor Fitzgerald Howard Lutnick afirmou na última semana que o bitcoin deveria ser tratado pelo mercado e por reguladores como outras commodities, em especial o petróleo e o ouro. Para ele, as autoridades ainda não sabem como classificar a maior criptomoeda do mundo.
Lutnick falou sobre o tema durante uma entrevista para o canal Fox Business. O executivo, que não esconde seu apoio ao ex-presidente Donald Trump nas eleições deste ano, também ficou conhecido por ser um grande defensor das criptomoedas, e foi questionado sobre a regulação do setor.
Na visão do bilionário, "as commodities e as ações vão eventualmente se mesclar, talvez nos próximos 20 anos. Sendo sincero, os reguladores não sabem nem como classificar criptomoedas e demais ativos digitais. Eles não têm ideia, eles ainda não entendem como é importante fazer isso da forma correta".
Nesse sentido, o executivo defendeu que "o bitcoin é uma commodity e deveria ser tratado como o ouro, como o petróleo. Ele é uma commodity". Apesar da afirmação em tom crítico, o bitcoin já é reconhecido como commodity há alguns anos pelos reguladores dos Estados Unidos.
O problema, segundo o CEO da Cantor Fitzgerald, estaria principalmente na classificação de outras criptomoedas. E, nesse caso, o próprio executivo reconheceu que há projetos com uma dificuldade maior de classificação, dependendo dos focos e características de cada iniciativa.
Uso de bitcoin por empresas
Recentemente, Lutnick também afirmou que as empresas tradicionais do mercado já possuem o desejo de usar bitcoin em suas operações, mas que ações dos reguladores - em especial nos Estados Unidos - estão impedindo o uso da criptomoeda.
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Em uma publicação nas redes sociais, ele disse que inicialmente a criptomoeda era "uma figura externa à comunidade de finanças tradicionais". Mas, agora, ela está "começando a se inserir no setor financeiro global", o que tem aumentado a demanda pelo ativo entre as próprias instituições.
Um dos elementos que ele acredita estar prejudicando a adoção de bitcoin é a obrigatoriedade de que um banco que faça a custódia do ativo tenha uma quantia equivalente em moeda fiduciária, o que acaba desincentivando a obtenção do ativo pelos bancos.
"Mas se o ambiente regulatório for bom, você verá todas as empresas financeiras tradicionais entrarem de cabeça no bitcoin", projetou o executivo. A própria Cantor Fitzgerald anunciou em junho deste ano um projeto específico para uso da criptomoeda no mercado financeiro.