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Bank of America não acredita que haverá um 'inverno cripto', diz relatório

Especialistas do Segundo maior banco dos Estados Unidos revelam que um período longo de quedas no mercado de criptomoedas pode ser improvável

Novos impactos da queda de 99,9% da LUNA também não devem acontecer (Jin Lee/Bloomberg)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 20 de maio de 2022 às 18h13.

O segundo maior banco dos Estados Unidos não acredita que haverá um “inverno cripto”, nem que o impacto causado pelo colapso da criptomoeda LUNA continue afetando o mercado, de acordo com uma nota.

Assim como os ativos tradicionais, os ativos digitais estão enfrentando um momento de aversão ao risco, por conta da alta inflação e o aumento da taxa de juros nos EUA. Isso fez com que o medo de uma recessão pairasse sobre grande parte dos investidores, segundo o Bank of America.

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O banco ainda lembrou, no documento, que as criptomoedas são uma “classe de ativos de tecnologia emergente e os tokens que alimentam as transações do ecossistema são ativos de alto crescimento e risco especulativo”.

O caso da criptomoeda LUNA, que despencou mais de 99,9% na última semana deixando um prejuízo bilionário, também não passou em branco pelos analistas do Bank of America. De acordo com o relatório, o risco de maiores impactos no mercado de criptomoedas é mínimo, e a tese de que o colapso do ecossistema Terra poderia “contagiar” outros projetos é infundada.

-(Mynt/Divulgação)

Os analistas reconhecem, no entanto, que o caso pode ter contribuído para a alta volatilidade observada no preço do bitcoin nas últimas semanas. Apesar disso, a maior criptomoeda do mundo não deve sofrer maiores impactos.

A justificativa encontrada pelo Bank of America para o colapso da LUNA está em seu projeto. Por não ter lastro em ativos tradicionais, a stablecoin algorítmica UST falhou em manter sua paridade ao dólar, que deveria ser garantida por meio de um sistema de emissão e queima. Mas, de acordo com o banco, o ocorrido não significa que todas as stablecoins estão fadadas ao fracasso.

O relatório pontua que as maiores stablecoins – ou criptomoedas estáveis – foram bem sucedidas em manter sua paridade com o dólar norte-americano. Apesar das stablecoins mencionadas possuírem lastro em ativos reais, o banco ainda acredita na possibilidade de uma stablecoin algorítmica obter sucesso no mercado, apesar de não estar otimista quanto à UST ou LUNA.

Os especialistas do banco ainda revelaram que esperam que a regulamentação das stablecoins leve a maior conscientização sobre stablecoins algorítmicas, e não a uma proibição total. Pois isto seria ”improvável”, “prematuro” e poderia “retardar o crescimento do ecossistema”.

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