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Apesar de baixa, empresas cripto captaram US$ 21 bilhões em 2022, apontam dados

Empresas de criptomoedas captaram valor bilionário para desenvolver seus projetos em 2023; dados podem alimentar otimismo para crescimento do setor

Dados podem demonstrar crescimento no setor cripto (metamorworks/Getty Images)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 10h33.

Última atualização em 12 de janeiro de 2023 às 10h34.

As empresas do universo cripto captaram US$ 21 bilhões em 2022, segundo um levantamento da plataforma de dados em blockchain CoinGecko e informações do site DeFi Llama. Apesar do número ser 42% menor que em 2021 graças a um mercado de baixa apelidado de “inverno cripto”, o valor ainda pode ser bastante significativo para o setor.

Em 2022, os dados demonstram que o investimento em empresas de criptomoedas encolheu trimestre a trimestre (QoQ). US$ 8,72 bilhões foram levantados no primeiro trimestre (-41,8% QoQ), após um desempenho excepcionalmente forte de captação de recursos no último trimestre de 2021.

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Já nos trimestres subsequentes, o investimento diminuiu, com empresas levantando progressivamente menos em US$ 5,92 bilhões no segundo trimestre (-32,0% QoQ), US$ 3,61 bilhões no terceiro trimestre (-38,9% QoQ) e, por fim, US$ 2,99 bilhões no quarto trimestre (-17,1% QoQ).

Inverno cripto

Se em 2021 o investimento em empresas que têm as criptomoedas como principal negócio bateu o recorde de US$ 37 bilhões, no ano seguinte este número despencou para US$ 21 bilhões, junto com a cotação das principais criptos no que ficou conhecido como “inverno cripto”.

O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, apresentou queda de cerca de 65%, por exemplo, e a capitalização do setor saiu de patamares trilionários para a casa dos 800 bilhões.

Em contraste, o primeiro trimestre de 2021 começou com US$ 5,58 bilhões levantados (+229,2% no trimestre). O crescimento significativo da indústria foi claramente refletido por um aumento montante de dinheiro fluindo para empresas de cripto a cada trimestre: o segundo trimestre de 2021 registrou US$ 7,43 bilhões levantados (+33,2% QoQ), seguido por US$ 8,99 bilhões no terceiro trimestre (+20,9% QoQ), e o último trimestre fechou o ano com um pico de US$ 15 bilhões (+66,8% QoQ).

Enquanto o ano de 2022 foi marcado por acontecimentos negativos dentro e fora do mercado cripto, investidores esperam que 2023 seja diferente. Os dados do estudo da CoinGecko podem ajudar a colaborar para essa expectativa, já que mesmo em queda, o investimento em empresas cripto no último ano ainda foi melhor do que nos últimos mercados de baixa, em 2018 e 2020.

Otimismo

2022 teve uma série de problemas de escala global, como a alta na inflação, guerras e falências de grandes empresas como a FTX. No entanto, este não foi o primeiro “inverno cripto” que o setor teve de enfrentar e, pelo visto, também não foi o pior.

Em comparação, o inverno cripto anterior causou uma queda ainda mais acentuada no financiamento, com empresas levantando apenas US$ 4,48 bilhões em 2019, ou caindo 72,3% em relação aos US$ 16,22 bilhões arrecadados em 2018. US$ 4,40 bilhões no total, segundo informações do CoinGecko e DeFi Llama.

Com isso, é possível que investidores retomem o otimismo em 2023, incentivados pelo desempenho relativamente melhor em 2022, pois isso pode sinalizar o crescimento do mercado de criptomoedas nos últimos cinco anos, apoiado por mais projetos que garantem apoio financeiro e aumentam o interesse de investidores institucionais.

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