Esporte

Copa do Catar: organizadores criticam patrocinadora da Dinamarca por protesto em uniforme

Hummel divulgou peças com escudo e logotipo quase invisíveis

Os uniformes são um “protesto contra o Catar e seu histórico de [desrespeito aos] direitos humanos” (Mads Claus Rasmussen/Getty Images)

Os uniformes são um “protesto contra o Catar e seu histórico de [desrespeito aos] direitos humanos” (Mads Claus Rasmussen/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 10h45.

Os organizadores da Copa do Mundo do Catar repreenderam nesta quarta-feira a Hummel, fornecedora de equipamentos esportivos da Dinamarca, por ter "desvalorizado" os avanços feitos pelo emirado, borrando o logotipo nas camisas oficiais do torneio. Os uniformes são um “protesto contra o Catar e seu histórico de [desrespeito aos] direitos humanos”, explicou a Hummel em um post no Instagram, acrescentando que “não queremos ser visíveis durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas”, referindo-se aos números de trabalhadores que morreram nas obras da Copa, informação da qual Doha discorda.

O Comitê Supremo para a Organização da Copa do Mundo respondeu, em um comunicado, “rejeitando a afirmação de Hummel de que este torneio custou a vida de milhares de pessoas”.

Segundo o Catar, três trabalhadores morreram em acidentes durante a construção dos oito estádios da Copa do Mundo, que começa em 20 de novembro. O país, no entanto, tem sido acusado de minimizar as mortes no setor da construção.

O Comitê Supremo aponta as “importantes reformas do mercado de trabalho” dos últimos anos, “reconhecidas’ por atores como a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O comitê também “rejeita completamente a banalização de seu compromisso sincero de proteger a saúde e a segurança dos 30 mil trabalhadores que construíram os estádios da Copa do Mundo e outros projetos ligados ao torneio”.

Os organizadores acrescentam, ainda, que tiveram um “diálogo sólido e transparente” com a Federação Dinamarquesa (DBU) sobre este assunto e pedem que ela “comunique com precisão o resultado”, especialmente para Hummel.

Desde a confirmação do mundial de 2022 no Catar, o pequeno emirado do Golfo tem sido alvo de inúmeras críticas sobre os direitos dos trabalhadores migrantes, a comunidade LGTBI+ ou o impacto ambiental do torneio. Com a Copa do Mundo se aproximando, patrocinadores e marcas têm adotado posições mais ou menos radicais dependendo do país.

Na Dinamarca, as camisas de treinamento da equipe podem exibir “mensagens críticas” depois que dois patrocinadores concordarem em substituir seus logotipos.

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