ESG

Projeto da Suzano é destaque global de sustentabilidade na ONU

Programa de recuperação ambiental da companhia é o único do setor privado a estar entre os seis exemplos mundiais de boas práticas sustentáveis

ODS: projeto de reflorestamento da Suzano é o único do setor privado a ser destacado pela ONU (Germano Lüders/Exame)

ODS: projeto de reflorestamento da Suzano é o único do setor privado a ser destacado pela ONU (Germano Lüders/Exame)

Desde que a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram lançados há cinco anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), empresas e países se mobilizam para criar e implementar em larga escala projetos viáveis e inovadores para atingi-los. Para fomentar a agenda do desenvolvimento sustentável, a ONU, por meio de seu departamento de assuntos econômicos e sociais, promoveu o webinar “Boas práticas na implementação dos ODS — exemplos inspiradores para impulsionar a mudança”, evento virtual que aconteceu nesta quarta, 2.

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Para a ocasião, representantes de governos e de entidades das Nações Unidas foram convidados a compartilhar projetos bem-sucedidos, resultados e lições aprendidas na implementação de iniciativas socioambientais.

Entre os seis projetos selecionados está o da Suzano, fabricante de papel e celulose e líder global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos do cultivo de eucalipto. A empresa foi a única do setor privado a ser considerada como um exemplo global na aplicação de boas práticas para o desenvolvimento sustentável, graças a seu programa de reflorestamento.

A iniciativa de restauração ambiental da empresa pretende promover a preservação e reflorestamento de habitats degradados de ecossistemas em três biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Até o momento, o projeto já resultou no plantio de 10,7 milhões de árvores.

“Além da meta ambiental, estamos comprometidos, entre outras coisas, a retirar 200.000 pessoas da linha da pobreza nas áreas onde atuamos”, diz a diretora executiva de sustentabilidade da Suzano, Maria Luiza Paiva. “Um de nossos principais desafios é escalar esse programa. Para nós, a continuidade depende do engajamento dos envolvidos em todo o ecossitema e também que o restaurem. Somente assim poderemos criar algo significativo e com impacto real”, diz.

Destaques globais

Entre os demais projetos apresentados está o Fit for School, uma iniciativa de apoio aos Ministérios da Educação de países asiáticos como Indonésia, Camboja, Laos e Filipinas na criação de diretrizes que priorizem protocolos de sanitização e higiene em escolas. Criado em 2008, o Fit for School quer melhorar as condições de saúde para crianças do ensino fundamental, pré-primário e ensino médio por meio da conscientização e promoção de práticas de higiene, oferecendo o acesso a conteúdos educativos digitais como manuais, listas e vídeos, além de suprimentos de higiene.

Essas ações têm ajudado a evitar doenças e problemas comuns a crianças em idade escolar. Um estudo feito entre 2009 e 2012 nas Filipinas avaliou o impacto do programa na saúde das crianças da região. A pesquisa constatou que, em apenas um ano, houve uma redução de 20% no número de crianças com baixo peso, 30% de redução da ausência escolar, 40% menos crianças com infecções causadas por dentes cariados e 50% menos infecções por vermes.

De acordo com a ONU, o programa já alcançou cerca de 6,7 milhões de crianças em aproximadamente 18.000 escolas nos últimos 12 anos.

Outro projeto é a Resiliência Rural Aprimorada no Iêmen (ERRY), que presta serviços e facilita o acesso de jovens e mulheres à energia solar para promover a "empregabilidade, renda estável e autoconfiança". O programa oferece oportunidades de emprego emergenciais, ou seja, atividades de curto prazo, e também capacitação profissional para os que desejam trabalhar em microempresas solares.

A capacitação, oferecida em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, prepara jovens para  trabalhar em lojas da comunidade que fornecem itens solares como lanternas, equipamentos de carregamento e kits de ferramentas operacionais e de manutenção. Além disso, eles se tornam capazes de construir pequenas redes de distribuição de energia para fornecer eletricidade a famílias pobres e ao setor privado da região.

Para além dos exemplos apresentados, o evento online também marcou o lançamento de uma publicação que reunirá 16 exemplos práticos de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em todo o mundo.

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