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Maior parte das empresas considera o ESG importante; uma minoria possui área dedicada ao tema

Resultado sobre sustentabilidade, governança ação social faz parte da oitava edição do Estudo de Sustentabilidade da BDO Brasil

Empresas estão em diferentes níveis de maturidade nas práticas ESG, revela pesquisa (jeffbergen/Getty Images)
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 12 de julho de 2023 às 10h01.

A popularização do ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) faz com que 61% das empresas brasileiras enxerguem o tema como uma estratégia de negócio. Entretanto, apenas 39% possuem um departamento específico de ESG e/ou sustentabilidade, é o que revela a oitava edição do Estudo de Sustentabilidade da BDO Brasil.

A disparidade entre o entendimento e a prática, contudo, não é visto como greenwashing por Luana Castilho, gerente de ESG e sustentabilidade. "Muitas das empresas entrevistadas estão tendo um contato estruturado com o tema apenas recentemente. O agregado é um indicador de diferentes níveis de maturidade entre elas", diz em entrevista à EXAME. Em relação à transparência, 37% publicam anualmente Relatórios de Sustentabilidade, sendo que 41% dos materiais elaborados fundamentam-se em metodologias próprias e apenas 24% destes possuem verificação e validação externa.

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As três principais barreiras para o avanço da sustentabilidade nas empresas, de acordo com o estudo, são: existência de outras prioridades estratégicas (69%); dificuldade na disseminação da estratégia entre os colaboradores (23%), além de dotação orçamentária ou capilaridade de captação (8%).

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Além disto, quando o tema é sustentabilidade, menos da metade das 150 empresas avaliadas falam com os funcionários sobre o uso consciente de água e 65% não controlam as emissões de gases estufas por inventário. Porém, há preocupação em comprar prioritariamente materiais recicláveis (74%) e separar os resíduos para destinação correta, sendo que 63% das empresas respondentes realizam a separação de todos os componentes e apenas 25% de orgânicos e recicláveis.

Quando o assunto é responsabilidade social, 61% das empresas realizam doações e incentivam os funcionários a ajudarem em causas filantrópicas. Já em governança, 61% das empresas reafirmam que boas práticas de governança fazem parte da cultura da empresa. Mas, apenas 37% afirmam checar ou rastrear se fornecedores diretos e atuam em consonância com boas práticas de ESG.

"Observa-se uma mudança bastante relevante, apesar de incipiente, ao longo das oito edições do estudo. E, o movimento de impacto nas empresas ocorre por conta de stakeholders como acionistas, consumidores, fornecedores, comunidades locais, entre outros".

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