ESG

Luiza Helena: desigualdade escancarada mostra responsabilidade de empresas

Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, Marcelo Martins, da Cosan, Leonardo Framil, da Accenture e Mauro Wainstock, da Hub 40+ falaram em evento da EXAME sobre a importância da inclusão e diversidade

Luiza Helena Trajano, presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza. (Lailson Santos/Divulgação)

Luiza Helena Trajano, presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza. (Lailson Santos/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2021 às 16h00.

Última atualização em 16 de junho de 2021 às 16h27.

Nesta quarta-feira, 16, Marcelo Martins, CFO e vice-chairman do conselho da Cosan, Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza e presidente do Grupo Mulheres do Brasil e Leonardo Framil, CEO Brasil e América Latina na Accenture participaram do painel Diversidade e Equidade na Atração de Pessoas mediado por Mauro Wainstock, fundador e CEO da Hub 40+.

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Na ocasião especial no evento Melhores do ESG, promovido pela EXAME desde maio, os líderes discutiram como a diversidade de gênero, orientação sexual, étnico-racial, geracional e outras é importante para a sociedade e para os negócios.

A priori, os participantes concordam sobre a importância de se estabelecer uma cultura de fato inclusiva, envolvendo todos os níveis hierárquicos. "Uma política de inclusão tem de ser absolutamente absorvida e incorporada por todos, especialmente pelo nível mais alto da organização. Não há mudança estrutural se o topo não está convencido", diz Martins.

Sabendo desse poder da liderança, Trajano decidiu tomar a frente em discussões como o racismo estrutural. "Há cinco anos pedia para nossa empresa de recrutamento conseguir mais negros para o trainee, eu até triplicava o orçamento para isto, mas eles não vinham. Até que houve a ideia de fazermos o trainee exclusivo e, apesar de recebermos muitos comentários negativos, foi um sucesso".

A executiva que também está à frente de movimentos como Mulheres do Brasil e Unidos pela Vacina, comentou ainda sobre a responsabilidade das empresas para uma mudança social efetiva, especialmente na pandemia de covid-19. "A desigualdade social foi escancarada e todas as pessoas que tem mais consciente entenderam que a responsabilidade não é só do governo mas também das empresas".

Inovação

Estudos provam que a diversidade é fundamental para a inovação nas companhias, e os executivos concordam. "Como abrir mão de negros, mulheres e LGBT quando se há mercado com carência de profissionais? Quando se fala de inovação e alguns desses grupos representam a maior parte da população?", questiona Framil.

Para que o resultado seja alcançado, é preciso consistência e veracidade na ação. "Existe uma diferença de empresas que trabalham com o politicamente correto e a conveniência e as outras que têm convicção de que isso faz a diferença no negócio, para além de ser a coisa certa a fazer", fiz Framil. Na ocasião, ele ainda mencionou uma pesquisa na qual 94% dos líderes acham suas organizações diversas, quando apenas 44% dos demais funcionários concordam com tal afirmação.

Enquanto temas como equidade racial e mulheres na liderança avançam nas empresas há mais tempo. Outras categorias de diversidade começam a ganhar força, como a geracional. Pela primeira vez há quatro gerações diferentes no mesmo ambiente de trabalho, o que faz as empresas olharem mais para o tema.

Segundo Wainstock, grande parte dos profissionais com mais de 60 anos é responsável por metade da renda de suas famílias, mas eles sofrem bastante preconceito no trabalho. Para Martins, há também a insegurança, que deve ser trabalha junto com a companhia. "A partir de uma certa idade as pessoas ficam preocupadas com insegurança e a performance delas começa a cair. O primeiro passo é acabar com essa insegurança".

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