Emissões de gases de efeito estufa do Japão caem e chegam ao menor nível desde 1990
No entanto, se o país pretende atingir o net zero até 2050, será necessário investir em mais ações ambientalmente favoráveis
Redação Exame
Publicado em 12 de abril de 2024 às 07h40.
De acordo com a Bloomberg, as emissões de gases de efeito estufa por parte do Japão caíram 2,3% de março de 2022 a março de 2023, impulsionadas por uma contração na poluição gerada pelo setor industrial. A informação é do ministério do meio ambiente japonês.
A queda representa uma diminuição de 23% em comparação com as emissões de 2013. No entanto, o governo japonês mira em uma redução de 46% até o ano de 2030.
Conforme a produção de aço decaiu, limitando a demanda por energia, a indústria observou uma queda de 5,3% nas emissões. Por outro lado, a poluição gerada por veículos cresceu quase 4%.
Trata-se dos menores níveis de poluição observados desde o começo dos registros, em 1990. No período de 2021 a 2022, as emissões cresceram pela primeira vez em oito anos. De acordo com o ministério do meio ambiente, o objetivo é atingir o net zero --estado em que as emissões de dióxido de carbono e sua remoção da atmosfera estão em equilíbrio --em 2050.
Ainda não se sabe se o Japão tem implementado ações suficientes para cumprir as metas com que se comprometeu. Em uma visita no mês passado, o diplomata norte-americano John Podesta afirmou que a nação japonesa deve acelerar as atividades ligadas a energias renováveis, por exemplo.
Por ora, o uso de combustíveis fósseis ainda representa cerca de 70% da geração de energia do Japão. Como contramedida, na COP28, em 2023, o primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu não construir mais plantas baseadas em carvão sem captura de carbono e tecnologia de armazenamento no país.
O Japão é atualmente o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta.
Com informações da Bloomberg e da Reuters.