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Brasil lança satélite 100% nacional no domingo. A missão dele: proteger a Amazônia

Equipamento desenvolvido por órgãos do governo federal deve monitorar evolução do desmatamento na região

Vista aérea da Amazônia: primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil vai monitorar a região (Agência/Getty Images)
LB

Leo Branco

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 08h03.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2021 às 08h04.

O Amazonia -1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil . Projetado para se deslocar periodicamente do polo norte para o polo sul (órbita polar), coletando imagens apenas durante o dia quando a luz solar incide sobre as localidades de interesse (sol síncrona), funcionará a uma altitude média de 752 km acima da superfície da Terra.

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Este satélite gerará imagens a partir de sua câmera óptica de visada larga (três bandas de frequências no espectro visível e uma banda próxima do infravermelho – Near Infrared ). Essa câmera será capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km de terreno produzindo imagens de 60 metros de resolução a cada cinco dias.

As imagens geradas poderão ser utilizadas para observar e monitorar o desmatamento especialmente na região amazônica, contribuindo com programas de monitoramento da floresta, como o Deter/INPE.

A alta taxa de revisita de cinco dias aumenta a probabilidade de capturar imagens com baixa cobertura de nuvens, aumentando a capacidade nacional de identificar desmatamentos e orientar ações de fiscalização.

O Amazônia 1 permitirá também monitorar a agricultura em todo o território nacional, além de atender aplicações como monitoramento da região costeira, reservatórios de água, florestas naturais e cultivadas, desastres ambientais, entre outros.

Além dos ganhos com relação ao monitoramento, o Amazônia 1 representa um importante avanço para a tecnologia espacial nacional. Seu desenvolvimento foi coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações ( MCTI ) e conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( Inpe ) em parceria com a Agência Espacial Brasileira ( AEB ). O projeto contou ainda com forte participação da indústria nacional para o desenvolvimento e fabricação de subsistemas e equipamentos.

No dia 19 de fevereiro de 2021, o Amazônia 1 foi transportado para a torre de lançamento e integrado ao veículo lançador PSLV, da agência espacial indiana (Indian Space Research Organisation - ISRO). O lançamento está previsto para o dia 28 de fevereiro de 2021, às 01:54h (horário de Brasília).

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