Exame Logo

Aposta de Buffett, ações da BYD, de carros elétricos, sobem 400% em 2020

Apesar de queda no ano, a fabricante de veículos a bateria vem aumentando as vendas desde julho e assumiu a liderança do mercado em novembro

Lançado em julho, o sedã de luxo Han vem puxando as vendas de carros elétricos da BYD (VCG / Colaborador/Getty Images)
RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 17h02.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 17h11.

Warren Buffett parece ter acertado mais uma. Em 2008, o lendário investidor investiu em uma empresa chinesa de automóveis que começava a se arriscar no segmento de carros elétricos, a BYD. Na mesma época, a Tesla anunciava seus primeiros modelos. Buffett, no entanto, preferiu a chinesa. No ano passado, os resultados da fabricante mostram que ele estava certo em apostar no seu potencial. As ações da companhia tiveram alta de quase 400%, negociadas na casa dos 29 dólares na bolsa de Xangai. Seu valor de mercado subiu de 17 bilhões para quase 80 bilhões de dólares.

As empresas do futuro estão aqui. Conheça os melhores investimentos em ESG na EXAME Research

Veja também

O ano da fabricante chinesa, por causa da pandemia, não foi dos melhores. De forma geral, a venda de carros caiu 8%. Considerando apenas os elétricos, o tombo foi de 11%. Mas, desde julho, quando a BYD lançou seu modelo de luxo Han, as vendas estão avançando rapidamente. Em novembro, a fabricante liderou o mercado chinês de veículos elétricos, empatada com a concorrente Nio.

Buffett reafirmou sua aposta na BYD em meados do ano passado, quando foi fotografado usando uma máscara com o logo da fabricante chinesa. A foto foi publicada na rede social Weibo, uma das mais populares da China, por Li Lu, investidor sino-americano que fundou a gestora Himalaya — foi ele, também, que recomendou a BYD a um sócio de Buffett, em 2008.

Apesar de superar suas rivais chinesas, a BYD ainda está longe de alcançar as vendas da Tesla, líder global do segmento de elétricos. No ano passado, a empresa fundada por Elon Musk reportou vendas de 499.000 veículos, no mundo. Porém, considerando apenas o mercado chinês, a disputa fica mais acirrada. Cerca de um quarto das entregas da Tesla foram na China, onde a companhia inaugurou uma fábrica recentemente. A BYD emplacou, no mesmo período, 130.000 automóveis, quase o mesmo volume estimado da competidora americana.

Assine a newsletter Exame.ESG e descubra como a sustentabilidade empresarial impacta diretamente a performance de seus investimentos

O ano do carro elétrico

Os vendedores da Tesla devem ter uma vida mais difícil neste ano. A expectativa é que o mercado de carros elétricos se torne muito mais competitivo, à medida que o segmento ganhe volume. Até a Apple promete entrar na jogada, em 2024, com um carro elétrico e autônomo.

Um relatório da empresa de pesquisas BloombergNEF aponta que os carros elétricos custarão menos do que os a gasolina em quatro anos. O fiel da balança será o custo das baterias. Quando chegar a 100 dólares por quilowatt-hora, o que deve ocorrer em 2023, os motores a combustão interna não vão mais compensar. O valor das baterias caiu mais de 90% nos últimos dez anos.

Acompanhe tudo sobre:Carros elétricosChinawarren-buffett

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de ESG

Mais na Exame