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Após mudança climática, BlackRock põe direitos e biodiversidade no radar

A BlackRock, que fez declarações ousadas sobre a mudança climática, agora pretende pressionar empresas sobre políticas relacionadas aos direitos humanos, bem como biodiversidade, desmatamento e água

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Larry Fink, CEO da BlackRock: depois de mudança climática, fundo agora pretende pressionar empresas sobre políticas relacionadas aos direitos humanos, bem como biodiversidade, desmatamento e água (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Larry Fink, CEO da BlackRock: depois de mudança climática, fundo agora pretende pressionar empresas sobre políticas relacionadas aos direitos humanos, bem como biodiversidade, desmatamento e água (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

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Saijel Kishan e Annie Massa, da Bloomberg

Publicado em 18 de março de 2021 às, 12h34.

A BlackRock, que fez declarações ousadas sobre a mudança climática, agora pretende pressionar empresas sobre políticas relacionadas aos direitos humanos, bem como biodiversidade, desmatamento e água.

A maior gestora de ativos do mundo disse que vai pedir às empresas nas quais tem participações que identifiquem e mostrem como pretendem prevenir abusos contra os direitos humanos e fornecer informações “robustas” sobre essas práticas.

A BlackRock também solicitará que as companhias mostrem como adotaram práticas sustentáveis em relação ao ar, água, terra, minerais e florestas, de acordo com relatório de governança divulgado na quinta-feira.

Em ambos os casos, a gestora de Nova York disse que pedirá às empresas que expliquem o papel do conselho na supervisão da abordagem dessas questões e pode votar contra conselheiros que não agirem.

“Uma empresa que não supervisiona de forma eficaz os riscos relacionados ao uso de recursos naturais pode enfrentar consequências negativas decorrentes de riscos regulatórios, de reputação ou operacionais”, disse a BlackRock no relatório.

Funcionários, consumidores e investidores esperam cada vez mais que as empresas administrem todos os impactos ambientais e sociais “para preservar sua licença social para operar”.

O CEO da BlackRock, Larry Fink, se comprometeu no ano passado a colocar a sustentabilidade no centro da filosofia de investimento da empresa. Desde então, grupos ambientais como o Sierra Club e Amazon Watch pediram uma ação mais contundente, incluindo a revisão das práticas de votação da empresa.

A BlackRock administrava cerca de US$ 8,7 trilhões em ativos no final de 2020, cerca de dois terços dos quais eram em produtos de rastreamento de índices de gestão passiva. A empresa está entre os cinco maiores acionistas de cerca de 99% das empresas do índice S&P 500, de acordo com dados da Bloomberg Intelligence.

Desmatamento e água

Mais da metade da produção econômica global depende da natureza, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. A BlackRock disse que perguntará às empresas como preservam a biodiversidade e a saúde do ecossistema, e sobre o uso responsável da energia. A gestora pretende abordar com empresas temas como desmatamento e proteção de águas doces e oceanos.

A BlackRock disse que está particularmente interessada em como as empresas têm se comportado nas comunidades em que operam, seja localmente ou por meio de suas cadeias de suprimentos.

O grupo ambientalista Amazon Watch disse que as medidas da BlackRock são bem-vindas, mas que não vão longe o suficiente. Moira Birss, diretora de clima e finanças da Amazon Watch, diz que a BlackRock não conseguiu identificar expectativas transparentes, cronogramas e consequências para a inação das empresas nessas questões.

“A BlackRock deve adotar uma política definitiva de antidesmatamento e de direitos humanos com mecanismos de responsabilização claros que resultem em melhorias concretas para as comunidades, ecossistemas e o planeta”, disse Birss.

--Com a colaboração de Denise Cochran.

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