Novos centros de pesquisa buscam soluções para problemas da sociedade
Com investimento de R$ 89,5 milhões, 15 laboratórios vão focar em assuntos de interesse de órgãos públicos
Esfera Brasil
Publicado em 21 de junho de 2022 às 09h30.
Em busca de novas soluções para problemas conhecidos da sociedade, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciou no mês passado 15 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) que vão realizar pesquisas voltadas para diferentes áreas. O objetivo é que foquem em assuntos de interesse de órgãos públicos e relevantes principalmente para o desenvolvimento de São Paulo.
Alguns dos temas que serão pesquisados são: desenvolvimento de biofármacos, inovação em políticas públicas urbanas, inovação tecnológica para emergências em saúde, soluções para resíduos, segurança hídrica, doenças humanas e animais, emissões de gases do efeito estufa, aprimoramento de vacinas, entre outros. No total, R$ 89,5 milhões serão investidos nos próximos anos nos novos centros.
Um centro de pesquisa apoiado na chamada anterior de CCDs que mostra a importância desse investimento em desenvolvimento é o BIOTa Síntese. O laboratório, baseado no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), busca saídas para problemas como enchentes, secas, abastecimento de água e deslizamentos. A meta é que as respostas ali descobertas sejam aplicadas num prazo de cinco anos.
Outro exemplo é o Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Xenotransplante, que tem como objetivo desenvolver porcos geneticamente modificados que possam fornecer órgãos para serem transplantados em humanos sem gerar rejeição.
Segundo o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, a iniciativa valoriza as aplicações dos resultados, com metas de difusão e transferência de tecnologia, criação de novas empresas e outras iniciativas de impacto social ou econômico.
“Essa é a nossa versão do que chamamos de pesquisa orientada a missão. Temos enormes problemas nas várias secretarias de Estado e essa é uma maneira de ouvirmos os gestores públicos, alinharmos os temas de pesquisa e oferecermos chamadas que abordem problemas que as secretarias têm na gestão de políticas públicas. Nesses 15 centros que estamos criando, há um conjunto expressivo de instituições”, disse Pacheco durante a cerimônia de 60 anos da Fapesp, quando os novos centros foram anunciados.