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Zona do euro confirma recuperação com expansão de 0,6%

A inflação, que se manteve estável em julho, a 1,3%, é o calcanhar de Aquiles da Eurozona

BCE: vem reduzindo, desde 2015, seus principais tipos de juros a seu menor nível e inundou o mercado com liquidez (Alex Domanski/Reuters)
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AFP

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 13h53.

A Eurozona registrou expansão econômica no segundo trimestre de 2017, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira, que confirmam a continuidade da recuperação econômica do bloco, apesar de uma redução da inflação.

"A economia da zona do euro completou a primeira metade do ano em um estado muito saudável e parece estar bem encaminhada para continuar com crescimento firme no resto de 2017", apontou Bert Colijn, analista da ING.

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O Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro registrou alta de 0,6% no segundo trimestre deste ano ante os três meses anteriores, quando cresceu 0,5%, indicou nesta terça o instituto deestatísticas Eurostat.

A primeira estimativa para o conjunto dos 19 países da zona do euro entre abril e junho coincide com a dos analistas consultados pelo provedor de serviços financeiros Factset, que, como a Eurostat, aponta alta de 2,1% em relação ao segundo trimestre de 2016.

Colijn destacou a "ampla base" da expansão entre os países da zona euro, destacando o crescimento de 0,9% da Espanha entre abril e junho em relação ao primeiro trimestre, a níveis anteriores à crise econômica mundial de 2008.

Além disso, o indicador do segundo trimestre ainda pode ser revisado para cima, já que a Eurostat usou uma estimativa para a Alemanha, a primeira economia da zona euro, cujos dado do PIB ainda não foram publicados, apontou Jack Allen, da Capital Economics.

"Os dados mensais apontam para uma forte aceleração do crescimento no país" de até 1% no segundo trimestre, destacou Allen, que também prevê "um crescimento robusto no começo do terceiro trimestre" com base em pesquisas de consumidores e empresas em julho.

Mais boas notícias

"Mais boas notícias", comemorou nesta terça-feira a comissária europeia de Emprego, Marianne Thyssen. A Eurostat tinha anunciado na véspera a redução do desemprego em junho a 9,1%, seu nível mais baixo desde fevereiro de 2009.

Ainda que o número de desempregados na Eurozona tenha caído progressivamente dos 12,1% atingidos entre abril e junho de 2013, no auge da crise da dívida, aos 9,1% registrados no mês passado, as diferenças entre os países são gritantes.

Após registrar crescimento de 1,8% em 2016, a economia da zona euro, que se recupera das consequências da crise financeira mundial de 2008 e da posterior crise da dívida, vai em crescer 1,7% em 2017 e 1,8% em 2018, segundo as previsões de maio da Comissão Europeia.

E a expansão pode ser ainda maior neste ano. Em fins de julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que a zona do euro poderia crescer 1,9% em 2017 e 1,7% em 2018, apontando o impacto futuro da baixa inflação, da debilidade de bancos e da saída do Reino Unido.

A inflação, que se manteve estável em julho, a 1,3%, é o calcanhar de Aquiles da Eurozona, longe do objetivo do Banco Central Europeu (BCE), de um nível abaixo mais próximo de 2%, considerado um sinal de boa saúde econômica.

Para sustentar o crescimento econômico e afastar a ameaça de deflação que lhe cercava em 2014, o BCE vem reduzindo, desde 2015, seus principais tipos de juros a seu menor nível e inundou o mercado com liquidez, medidas que, segundo os analistas, podem ser mantidas em 2017.

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