Exame Logo

Weidmann diz que união bancária tem conflito de interesse

Segundo autoridade do Banco Central Europeu, união bancária europeia pode enfrentar um conflito de interesses entre supervisão bancária e política monetária

Weidmann resiste em ampliar os poderes do BCE, colocando a autoridade monetária também responsável pela fiscalização das instituições financeiras (Alex Domanski/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2012 às 10h43.

Frankfurt - A união bancária europeia pode enfrentar um conflito de interesses entre supervisão bancária e política monetária, que devem ficar separadas, afirmou a autoridade do Banco Central Europeu ( BCE ) Jens Weidmann nesta segunda-feira.

Weidmann, que também é presidente do banco central da Alemanha, resiste em ampliar os poderes do BCE, colocando a autoridade monetária também responsável pela fiscalização das instituições financeiras. Para ele, isso colocaria em risco o principal objetivo de manter os preços estáveis.

Em discurso na Semana Financeira do Euro em Frankfurt, o chefe do BC alemão defendeu que a Alemanha tenha maior interferência na votação sobre a união bancária europeia.

"Como essas decisões podem resultar em custos fiscais, seria consistente que se tenha peso nos votos baseado nas cotas de capital", afirmou Weidmann de acordo com o texto do discurso que ele fará na conferência.

O BC alemão tem a maior cota no capital do BCE, que poderia assumir o papel de supervisor bancário europeu.

"A união bancária deveria aliviar a política monetária comum, mas há um conflito de interesses entre a supervisão bancária e a política monetária na implementação prática", disse Weidmann.

"Portanto, as duas áreas precisam ser estritamente separadas", afirmou. "Essa separação é factível, mas difícil. Difícil no sentido organizacional e no sentido legal."

Veja também

Frankfurt - A união bancária europeia pode enfrentar um conflito de interesses entre supervisão bancária e política monetária, que devem ficar separadas, afirmou a autoridade do Banco Central Europeu ( BCE ) Jens Weidmann nesta segunda-feira.

Weidmann, que também é presidente do banco central da Alemanha, resiste em ampliar os poderes do BCE, colocando a autoridade monetária também responsável pela fiscalização das instituições financeiras. Para ele, isso colocaria em risco o principal objetivo de manter os preços estáveis.

Em discurso na Semana Financeira do Euro em Frankfurt, o chefe do BC alemão defendeu que a Alemanha tenha maior interferência na votação sobre a união bancária europeia.

"Como essas decisões podem resultar em custos fiscais, seria consistente que se tenha peso nos votos baseado nas cotas de capital", afirmou Weidmann de acordo com o texto do discurso que ele fará na conferência.

O BC alemão tem a maior cota no capital do BCE, que poderia assumir o papel de supervisor bancário europeu.

"A união bancária deveria aliviar a política monetária comum, mas há um conflito de interesses entre a supervisão bancária e a política monetária na implementação prática", disse Weidmann.

"Portanto, as duas áreas precisam ser estritamente separadas", afirmou. "Essa separação é factível, mas difícil. Difícil no sentido organizacional e no sentido legal."

Acompanhe tudo sobre:BancosBCECâmbioEuroFinançasMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame