Economia

Venda de títulos públicos pela internet cai 25,4% em julho

As vendas de papéis por meio do Programa Tesouro Direto somaram R$ 270,5 milhões no mês passado


	Compras na internet: em relação a julho do ano passado (R$ 225,9 milhões), as vendas do Tesouro Direto subiram 19,7%
 (Getty Images)

Compras na internet: em relação a julho do ano passado (R$ 225,9 milhões), as vendas do Tesouro Direto subiram 19,7% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 17h08.

Brasília – A venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet caiu em julho. Segundo números divulgados hoje (19) pelo Tesouro Nacional, as vendas de papéis por meio do Programa Tesouro Direto somaram R$ 270,5 milhões no mês passado, com queda de 25,4% em relação a junho (R$ 362,6 milhões).

Em relação a julho do ano passado (R$ 225,9 milhões), as vendas do Tesouro Direto subiram 19,7%. O volume, no entanto, é o segundo maior da história para o mês, só perdendo para julho de 2011, quando foram vendidos R$ 318,71 milhões.

No mês passado, os títulos mais comprados foram os corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Esses papéis concentraram 47,4% das vendas em junho.

Em segundo lugar, vieram os papéis prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 31,8% das vendas. Em terceiro, ficaram os títulos vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), com participação de 20,7%.

O número total de investidores cadastrados no programa alcançou 357.914, o que representa aumento de 15,6% nos últimos 12 meses. Somente em julho, 3.917 participantes aderiram ao Tesouro Direto. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 68,1% do volume aplicado no mês.

Apesar da queda nas vendas, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 1,6% em julho, para R$ 9,97 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 183 milhões. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.


O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.

Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/tesouro-direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente.

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