Veja o peso que cada país (e o Brasil) terá no crescimento global
Mesmo em desaceleração, China continuará respondendo por um terço do crescimento da economia global, segundo Banco Mundial
João Pedro Caleiro
Publicado em 11 de junho de 2017 às 08h00.
Última atualização em 11 de junho de 2017 às 08h00.
São Paulo - Ainda não dá nem para dizer que o Brasil saiu da recessão, mas já há quem calcule nossa contribuição para o crescimento global nos próximos anos: 1,2%.
É o mesmo nível de Turquia e México e cerca de metade da contribuição da Indonésia, segundo um infográfico recente do site Visual Capitalist.
O que eles fizeram foi dividir em um grande bloco a importância que cada grande economia terá para a expansão do PIB mundial entre 2017 e 2019.
As previsões são do Banco Mundial e consideram uma expansão média da economia global de 2,7% nos anos citados.
Mais da metade pode ser colocado na conta das duas maiores economias: China (35,2%) e Estados Unidos (17,9%).
A China sai na frente porque apesar de continuar desacelerando, mantém níveis de crescimento estimados de 6,5% em 2017 e 6,2% em 2018 e 2019.
E isso sobre um PIB que já é o maior do mundo em termos de PIB em paridade de poder de compra e o segundo maior em dólar.
Resultado: novos US$ 2,3 trilhões para a economia global só neste período.
Os Estados Unidos são a maior economia em dólar, mas devem crescer a um ritmo muito mais lento: 2,1% em 2017, 2,2% em 2018 e 1,9% em 2018.
"Cortes de impostos e programas de infraestrutura podem levar a um crescimento maior do que o esperado no curto prazo, mas também a um aumento mais rápido nas taxas de juros", diz o texto do Banco Mundial.
O otimismo com possíveis estímulos econômicos promovidos por Donald Trump causou uma euforia no mercado, mas o fenômeno já está minguando.
O banco francês Société Générale elegeu recentemente o risco de que Trump não passe seus cortes de impostos como o maior "cisne negro" da economia global.
A contribuição do Brasil para o crescimento global foi calculada considerando crescimento de 0,3% em 2017, 1,8% em 2018 e 2,1% em 2019.
Veja a seguir na imagem: