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Quais são os produtos "made in USA" que a China quer taxar?

De acordo com Ministério de Comércio da China, antes do início das hostilidades, vários produtos americanos serão afetados, como soja e automóveis

EUA e China: Pequim replicou as imposições de Washington (Feng Li/Reuters)
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AFP

Publicado em 6 de julho de 2018 às 16h32.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 16h33.

Cabeças de porco, pistaches ou uísque Jack Daniel's são alguns dos produtos americanos sobre os quais a China quer impor tarifas adicionais, afetando ainda mais os intercâmbios comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Pequim replicou imediatamente após a imposição, nesta sexta-feira, de tarifas punitivas dos Estados Unidos que chegam a bilhões de dólares.

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De acordo com uma lista publicada pelo Ministério de Comércio da China, antes do início das hostilidades, vários produtos americanos serão afetados, como a soja, os automóveis e o sorgo.

Somam-se a eles outros bens aos quais o mercado chinês e seu 1,4 bilhão de consumidores dificilmente poderão renunciar.

Sucesso do porco

Os miúdos do porco, que são pouco apreciados pela maioria dos americanos, vendem muito bem na China: no ano passado, geraram 251 milhões de dólares.

"A qualidade das patas de porco é boa. Mas sobretudo seu preço é competitivo", explica um importador chamado Zhu, que trabalha para a empresa Dongguan Qianteng.

Pistaches

O pistache, produto-estrela da Califórnia, está presente na lista chinesa junto a outras oleaginosas e frutas "made in USA".

A China consome quase metade dos pistaches exportados pelos Estados Unidos, de acordo com o gabinete de dados alfandegários Panjiva. Com isso, seriam afetados ao todo 175 milhões de dólares de pistaches e outras oleaginosas americanas.

"Os chineses são importantes compradores de quase todos os produtos que vendemos", explicou uma rádio local americana Ryan Jacobsen, diretor de uma organização agrícola californiana.

"Se os consumidores chineses não estão dispostos a pagar mais, os prejuízos serão substanciais", explica.

Pé de galinha

Gelatinosos, com bastante ossinhos e pouca carne, os pés de galinha não empolgam nos Estados Unidos.

Mas, em vez de jogá-los fora, os produtores americanos exportam à China, onde são cozidas, temperadas e degustadas num prato saboroso.

"Os pés de galinha e miúdos de porco só têm saída em um número limitado de mercados", indica Christopher Rogers, analista de Panjiva.

As novas tarifas chinesas "vão gerar prejuízos para os agricultores americanos", garante.

Salmão

As exportações de salmão americano para a China vão de vento em popa. Uma das espécies mais populares, o salmão rosado, teve exportações em alta de 176% no ano passado, gerando 171 milhões de dólares.

Uísque

A cada mês, em média cinco contêineres carregados com 120 toneladas de uísque Jack Daniel's deixam os Estados Unidos rumo à China, segundo Panjiva.

Em Pequim e Xangai, os clientes de bares consomem o uísque puro, mas alguns misturam com chá ou outras bebidas.

 

 

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