Economia

Trump ataca Fed enquanto banco central define taxa de juros

Frente a um possível novo corte na taxa, presidente afirma que instituição monetária precisa seguir outros países com juros negativos

Donald Trump: presidente americano, na contramão de seus antecessores, tem criticado o Fed de forma recorrente (Leah Millis/Reuters)

Donald Trump: presidente americano, na contramão de seus antecessores, tem criticado o Fed de forma recorrente (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 14h28.

Última atualização em 29 de outubro de 2019 às 14h53.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou um novo ataque ao Federal Reserve nesta terça-feira (29), dizendo que o banco central precisa seguir outros países com juros negativos, no momento em que as autoridades iniciam uma reunião de dois dias que deve terminar com um corte de taxa.

"O Fed não faz a menor ideia! Temos um potencial ilimitado, apenas limitado pelo Federal Reserve," disse Trump no Twitter.

Trump, diferentemente de seus antecessores na Casa Branca - que se abstiveram de comentar sobre a política do Fed - criou o hábito de criticar o banco central dos EUA por decisões que, segundo ele, mantêm os custos dos empréstimos altos demais por muito tempo.

Em setembro, ele começou a argumentar que o Fed precisa empurrar os custos dos empréstimos para território negativo, um passo relutantemente adotado por alguns outros bancos centrais que estão lutando contra o fraco crescimento econômico.

A expectativa é de que as autoridades do Fed anunciem um corte de 0,25 ponto percentual na quarta-feira, ao fim da reunião. Isso levaria a taxa básica de juros para um intervalo entre 1,5% a 1,75%.

Índices europeus

Os índices acionários europeus encerraram em queda pela primeira vez em sete sessões nesta terça-feira. O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,19%, a 1.562 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,16%, a 398 pontos.

"Os mercados estão em novas máximas na Europa e nos EUA, e isso também pode levar os investidores a realizar lucros", disse Roland Kaloyan, chefe de estratégia de ações da Société Générale.

A Stora Enso's recuou 5,1%, depois que seu lucro trimestral caiu em meio a um alerta para incertezas políticas globais.

As concorrentes Mondi e Smurfit Kappa também recuaram após os resultados.

As ações de telecomunicações recuaram 1,7%, a maior perda entre os principais subsetores europeus, afetadas por uma queda de 2,6% nas ações da Orange.

As expectativas eram baixas para a temporada de balanços corporativos europeia, mas após as três semanas mais movimentadas de divulgações o quadro geral ficou um pouco melhor do que o esperado, com as empresas reportando resultados modestamente acima do previsto.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,34%, a 7.306 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,02%, a 12.939 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,17%, a 5.740 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,07%, a 22.680 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,35%, a 9.400 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,43%, a 5.084 pontos.

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