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Transações correntes registram déficit de US$ 9,3 bilhões

Resultado negativo até novembro deste ano de US$ 80 bilhões é superior ao registrado no mesmo período de 2013, de US$ 72,5 bilhões

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	Segundo relatório divulgado hoje (19) pelo BC, nos 12 meses encerrados em novembro, as transações correntes acumularam déficit de US$ 88,7 bilhões
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Segundo relatório divulgado hoje (19) pelo BC, nos 12 meses encerrados em novembro, as transações correntes acumularam déficit de US$ 88,7 bilhões (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Ivan Richard

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às, 12h09.

Brasília - O saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – as chamadas transações correntes – ficou negativo em US$ 9,3 bilhões, em novembro, e em US$ 80 bilhões no ano, de acordo com o Banco Central (BC).

O resultado negativo até novembro é superior ao registrado no mesmo período de 2013 (US$ 72,5 bilhões). Já o balanço de pagamento – receita total do país menos as despesas – teve superávit de US$ 416 milhões no mês passado.

Segundo relatório divulgado hoje (19) pelo BC, nos 12 meses encerrados em novembro, as transações correntes acumularam déficit de US$ 88,7 bilhões, equivalente a 4,05% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de bens e riquezas produzidos no país.

Já a conta financeira teve superávit de US$ 9,1 bilhões no mês, com destaque para o ingresso líquido de US$ 4,6 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED).

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros) também apresentou déficit no mês, de US$ 3,7 bilhões, uma elevação de 7,9% na comparação com novembro de 2013.

O gasto líquido com viagens internacionais, de acordo com o BC, alcançou US$ 1,2 bilhão, uma redução de 4,1% na comparação com o registrado em novembro do ano anterior.

A queda, segundo o Banco Central, foi ocasionada pelo recuo de 14,5% nos gastos de turistas estrangeiros no Brasil e de 7,2% nas despesas de brasileiros no exterior.

As despesas líquidas com transportes somaram US$ 711 milhões, o que representa um decréscimo de 4,4% na comparação com o resultado de novembro de 2013.

“Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se, em novembro, as elevações nas despesas líquidas relativas a aluguel de equipamentos e computação e informações, na ordem, 13,3% e 10,7%.

As despesas líquidas de royalties e licenças recuaram 8,6%, na mesma base de comparação”, informa nota do Banco Central.

Já as remessas líquidas de renda para o exterior alcançaram US$ 3,4 bilhões em novembro, uma queda de 2,1% na comparação com o registrado em novembro de 2013.

As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$ 2,7 bilhões no mês, ante US$ 2,8 bilhões, do mesmo período do ano passado.

De janeiro a novembro, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$ 23,7 bilhões. O saldo representa um recuo de 7,9% em relação aa igual período de 2013.

Segundo o BC, as despesas líquidas com juros somaram US$ 729 milhões em novembro, aumento de 8,1% na comparação com o mesmo mês de 2013.

As transferências unilaterais no mês passado registraram ingresso líquido de US$ 172 milhões, patamar superior ao resultado de novembro de 2013 (US$ 111 milhões). Já o ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$ 151 milhões, recuo de 3,9% na mesma base de comparação.

De acordo com o Banco Central, a dívida externa bruta estimada para novembro ficou em US$ 345,5 bilhões – com elevação de US$ 7,1 bilhões em relação ao montante apurado de setembro de 2014.

A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$ 292,8 bilhões, aumento de US$ 5,8 bilhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$ 52,6 bilhões, o que representa alta de US$ 1,3 bilhão no mesmo período.

Segundo balanço divulgado pelo BC, os fatores determinantes para o resultado de novembro foram a variação da dívida externa de longo prazo, com destaque para os empréstimos tomados pelo setor bancário, US$ 2,4 bilhões; pelo setor não financeiro, US$ 1,1 bilhão; e pelo governo, US$ 2,1 bilhões.

A variação da dívida externa de curto prazo no período, informa o BC, é explicada por empréstimos de curto prazo tomados pelos setores não financeiro e financeiro, US$ 803 milhões e US$ 364 milhões, respectivamente.

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram retorno líquido de US$ 128 milhões no mês. A participação no capital de empresas no exterior somou aplicações líquidas de US$ 486 milhões, enquanto os ingresso líquido proveniente de empréstimos intercompanhias de filiais no exterior para matrizes brasileiras atingiram US$ 614 milhões.

De acordo com o Banco Central, o ingresso líquido de investimentos estrangeiros diretos somou US$ 4,6 bilhões em novembro. O saldo é composto por US$ 3,3 bilhões na modalidade participação no capital e US$ 1,4 bilhão em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias.

No ano, até novembro, os ingressos líquidos de IED atingiram US$ 55,8 bilhões. Em 12 meses, os investimentos estrangeiros diretos totalizaram US$ 62,3 bilhões, equivalentes a 2,85% do PIB.

Segundo balanço do Banco Central, as reservas internacionais tiveram uma redução de US$ 407 milhões em novembro em relação ao mês anterior, totalizando US$ 375,6 bilhões.

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