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Tereza Cristina espera retomar comércio de carne com EUA

Os embarques da carne bovina in natura brasileira ao país foram suspensos em 22 de junho de 2017, por desentendimentos no padrão de envio da mercadoria

Carne bovina no supermercado: fim do embargo dos Estados Unidos ao produto brasileiro pode ser "selo de qualidade" para abertura de novos mercados (artisteer/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de março de 2019 às 11h42.

Última atualização em 18 de março de 2019 às 11h47.

Brasília — A ministra da Agricultura, Tereza Cristina , tem um encontro agendado na terça-feira, 19, com seu correlato nos Estados Unidos , o chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o secretário Sonny Perdue. A representante brasileira tem a expectativa de resolver um imbróglio que se arrasta há dois anos. "Vou pedir para retirar a suspensão das importações de carne bovina", disse a ministra ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na manhã desta segunda-feira, 18.

Os embarques da carne bovina in natura brasileira aos Estados Unidos foram suspensos em 22 de junho de 2017, por problemas sistêmicos e, a partir de então, tanto o governo quanto a iniciativa privada fizeram as modificações necessárias para atender às exigências norte-americanas, mas até hoje os EUA ainda mantêm a restrição.

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O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi fez inúmeras investidas para tentar reverter o embargo desde que ele foi imposto. Já em 2017, um mês depois da decisão dos norte-americanos, Maggi chegou a se reunir com Perdue e anunciou, na sequência, que o embargo seria retirado em um prazo de até 60 dias, o que não aconteceu.

Representantes do setor sugerem atitude protecionista por parte dos norte-americanos, já que uma série de exigências solicitadas pelo país já teria sido atendida pela indústria brasileira e, mesmo assim, sem o efeito esperado.

As importações brasileiras de carne bovina in natura para os Estados Unidos não eram expressivas em volume, no entanto, esse comércio é considerado um selo de qualidade para o produto brasileiro. O aceno dos norte-americanos facilitaria, por exemplo, o acesso do Brasil ao Canadá e ao México. Em 2017, o Brasil vendeu 14 mil toneladas do produto para os norte-americanos, frente as 213 mil toneladas para a China, no mesmo período.

Tereza Cristina acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro nesta semana nos Estados Unidos.

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