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Obra de Angra III está R$ 4 bi acima do previsto, diz TCU

O órgão fiscalizador disse ainda que o atraso na obra é de 30 meses em relação ao prazo previsto para a usina entrar em operação, em dezembro de 2015

Obras de Angra 3: TCU diz que não houve melhoria em relação ao licenciamento ambiental (INFO)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 17h00.

Brasília - O Tribunal de Contas da União ( TCU ) informou nesta quarta-feira, 17, que o orçamento para a concluir a construção da Usina Nuclear de Angra III está R$ 4 bilhões acima do investimento previsto inicialmente e avaliado em R$ 10 bilhões no ano passado.

O órgão fiscalizador disse ainda que o atraso na obra é de 30 meses em relação ao prazo previsto para a usina entrar em operação, em dezembro de 2015.

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"Os dados do relatório revelam que os atrasos das obras de construção civil na usina continuam, sobretudo em razão de dificuldades ainda não superadas com o licenciamento nuclear junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)", diz o tribunal, em nota.

As informações constam do monitoramento pelo TCU de determinações cobradas da Eletrobras Termonuclear S.A (ETN) para a execução das obras e a correção de falhas identificadas pelo tribunal na execução do principal contrato da usina - pertinentes às obras de construção civil.

O TCU acompanha a construção de Angra III desde 2009. No ano passado, o tribunal identificou que era possível economizar R$ 120 milhões com a otimização de contratos firmados pela ETN.

À época, o orçamento da usina era de R$ 10 bilhões. Na ocasião, O TCU analisou o orçamento das obras de montagem eletromecânica da usina, estimado em R$ 2,9 bilhões, e identificou erros na planilha orçamentária que apontavam preços acima do devido.

Agora, o tribunal avalia, com base em relatório do ministro Raimundo Correa, que "não foi possível concluir sobre a efetividade das medidas tomadas e, consequentemente, sobre o cumprimento efetivo das respectivas determinações".

O TCU afirma que não houve também melhoria em relação a recomendações do licenciamento ambiental da usina.

"O processo não apresentou evolução quantitativa sensível em 2013, mantendo o volume de estruturas disponíveis para execução ainda abaixo dos volumes necessários para se acelerar a execução física da obra", diz a nota.

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