Taxa de desemprego fica em 8,5% em abril, a menor para o período desde 2015
É a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando ficou em 8,1%. Já em comparação com o mesmo período de 2022, o desemprego caiu 2 p.p
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 31 de maio de 2023 às 09h24.
Última atualização em 31 de maio de 2023 às 09h36.
A taxa de desemprego ficou em 8,5% no trimestre encerrado em abril de 2023. Isso significa que 9,1 milhões de pessoas estão desempregadas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 31, pelo IBGE. O resultado ficou levemente abaixo das projeções do mercado.
Quanto ficou a taxa de desemprego no Brasil?
- A taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,5% no trimestre de fevereiro a abril
A variação de 0,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2022 a janeiro de 2023 (8,4%), demonstra estabilidade no índice.É a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando ficou em 8,1%. Já em comparação com o mesmo período de 2022, o desemprego caiu 2 p.p.
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“Essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, por meio de uma maior população desocupada, o que não ocorreu desta vez”, explica Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE.
Em abril, o número de empregados semcarteira assinada no setor privado recuou 2,9% em relação ao trimestre terminado em janeiro, ficando em 12,7 milhões.
Os contingentes de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (36,8 milhões), de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) e de empregados no setor público (12 milhões) ficaram estáveis em abril.
Segundo o IBGE, os setores que apresentaram queda na população ocupada foram de serviços domésticos (retração de 3,3% ou196 mil pessoas), agricultura,pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (queda de 2,4% ou 204 mil pessoas) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (diminuição de 1,4% ou 265 mil pessoas).
Já a população fora do mercado de trabalho ficou em 67,2 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% na comparação trimestral, ou mais 885 mil pessoas. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,5% ou mais 2,3 milhões de pessoas. “Este aumento parece ter a ver mais com questões demográficas que com reflexos do mercado de trabalho, uma vez que o contingente de desalentados ou da população na força de trabalho potencial, que fazem parte desta população, apresentou redução no trimestre”, afirma Brito.
Taxa de informalidade e renda média real
Ataxa de informalidade no trimestre foi de 38,9% da população ocupada, com o Brasil chegando a 38 milhões de trabalhadores informais. Houve leve queda em relação ao trimestre anterior (39%) e queda em relação ao mesmo período de 2022 (40,1%).
A renda média real ficou estável em relação ao trimestre anterior (de novembro a janeiro) e, em relação ao mesmo período no ano passado, subiu 7,5%. A massa de renda real habitual também ficou estável em relação ao trimestre anterior e subiu 9,6% em relação ao mesmo período de 2022.