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Superávit primário chega a R$ 2,3 bi, mas não cobre juros

O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 2,3 bi em julho, mas o esforço não foi suficiente para cobrir os juros que incidem sobre a dívida

Sombras sobre notas de Real: o superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 11h34.

Brasília – O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 2,3 bilhões, em julho, informou hoje (30) o Banco Central (BC). Nos sete meses do ano, o superávit primário chegou a R$ 54,4 bilhões, menor que o resultado de igual período do ano passado (R$ 71,4 bilhões).

Em 12 meses encerrados em julho, o superávit primário alcançou R$ 88,2 bilhões, o que representa 1,91% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto ( PIB ). Houve redução de 0,09 ponto percentual em relação a junho.

Mas o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 23,4 bilhões, em julho, e a R$ 141,5 bilhões, nos sete meses do ano. Em 12 meses encerrados em julho, os gastos com juros chegaram a R$ 226,9 bilhões, resultado que correspondeu a 4,91% do PIB, com elevação de 0,09 ponto percentual na comparação com o acumulado em junho.

Com esses resultados, foi registrado déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, de R$ 21,1 bilhões, no mês passado, R$ 87 bilhões, de janeiro a julho, e R$ 138,7 bilhões em 12 meses (3% do PIB).


O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal permite a redução, no médio e no longo prazos, do endividamento do governo. Desde o fim dos anos 1990, o governo segue uma meta de superávit primário. Para este ano, a meta de superávit primário é 2,3% do PIB.

No mês, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou superávit de R$ 3,8 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário R$14 milhões. Os governos estaduais e municipais apresentaram déficit de R$ 1,5 bilhão.

O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,573 trilhão em julho. Esse resultado correspondeu a 34,1% do PIB, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a junho.

Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países. No caso da dívida bruta, em que não são considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a relação com o PIB é maior. Em julho, ficou em R$ 2,744 trilhões, o que corresponde a 59,4% do PIB, com elevação de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.

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Brasília – O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e as empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 2,3 bilhões, em julho, informou hoje (30) o Banco Central (BC). Nos sete meses do ano, o superávit primário chegou a R$ 54,4 bilhões, menor que o resultado de igual período do ano passado (R$ 71,4 bilhões).

Em 12 meses encerrados em julho, o superávit primário alcançou R$ 88,2 bilhões, o que representa 1,91% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto ( PIB ). Houve redução de 0,09 ponto percentual em relação a junho.

Mas o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 23,4 bilhões, em julho, e a R$ 141,5 bilhões, nos sete meses do ano. Em 12 meses encerrados em julho, os gastos com juros chegaram a R$ 226,9 bilhões, resultado que correspondeu a 4,91% do PIB, com elevação de 0,09 ponto percentual na comparação com o acumulado em junho.

Com esses resultados, foi registrado déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, de R$ 21,1 bilhões, no mês passado, R$ 87 bilhões, de janeiro a julho, e R$ 138,7 bilhões em 12 meses (3% do PIB).


O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal permite a redução, no médio e no longo prazos, do endividamento do governo. Desde o fim dos anos 1990, o governo segue uma meta de superávit primário. Para este ano, a meta de superávit primário é 2,3% do PIB.

No mês, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou superávit de R$ 3,8 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário R$14 milhões. Os governos estaduais e municipais apresentaram déficit de R$ 1,5 bilhão.

O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,573 trilhão em julho. Esse resultado correspondeu a 34,1% do PIB, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a junho.

Outro indicador divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países. No caso da dívida bruta, em que não são considerados os ativos em moeda estrangeira, mas apenas os passivos, a relação com o PIB é maior. Em julho, ficou em R$ 2,744 trilhões, o que corresponde a 59,4% do PIB, com elevação de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.

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