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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.
Os ratings atribuídos pela Standard & Poors ao Brasil têm perspectiva negativa não pela falta de credibilidade do governo Lula, mas pelas dificuldades internas e externas que irá enfrentar nos próximos meses. "A tendência negativa dos ratings reflete o espaço limitado para manobras políticas", diz o último relatório da Standard & Poors Rating Services.
De acordo com o relatório, os discursos do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central enfatizam uma política prudente e cautelosa, "mas o governo precisa implementar essas políticas e demonstrar sua capacidade para formar alianças políticas".
Para Lisa Schineller, analista de crédito soberano da entidade, a nova administração irá enfrentar dificuldades em 2003. Para enfrentar os problemas sociais, o Brasil precisaria realizar seu potencial de crescimento e, para isso, o país deve primeiro administrar as pressões fiscais e de serviço da dívida, as quais provavelmente não irão propiciar crescimento significativo no curto prazo. "Os ratings do Brasil poderiam sofrer uma pressão para rebaixamento se fracassarem o compromisso de implementação de políticas monetárias e fiscais disciplinadas", diz o relatório.