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Setor siderúrgico prevê queda de 2% na produção de aço bruto

Produção de aço bruto: 33,2 milhões de toneladas contra 33,8 milhões de toneladas em 2014

Produção de aço bruto: 33,2 milhões de toneladas contra 33,8 milhões de toneladas em 2014 (Timothy Fadek/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 08h05.

O setor siderúrgico prevê que vai fechar 2015 com uma queda de 2% na produção de aço bruto, em comparação com o ano passado, atingindo 33,2 milhões de toneladas contra 33,8 milhões de toneladas em 2014.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, será o menor volume de produção desde 2010.

Na vendas internas, a queda de produtos siderúrgicos deverá ser de 16,3%. Se confirmada essa previsão, os negócios ficarão no mesmo nível de 2006, quando as vendas alcançaram 18,2 milhões de toneladas.

Já o consumo aparente de aço – vendas internas mais importação por distribuidores e consumidores – deverá chegar a 21,4 milhões de toneladas, mesmo patamar registrado em 2007, com um recuo de 16,5% nesse ramo do setor do aço.

O setor indicou as importações diretas e indiretas e o encolhimento do mercado doméstico como os fatores que contribuíram para a "situação dramática" apontada pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, e que provocou a demissão de 21.786 trabalhadores entre 2014 e 2015 e a paralisação de 40 unidades de produção.

"Esse quadro é de uma gravidade nunca vista no setor. Na verdade não há nada que sinalize recuperação do mercado interno”, afirmou Lopes.

O presidente do Conselho Diretor do Instituto, Benjamin Mário Baptista Filho, destacou que o principal problema internacional é o excesso de capacidade, em torno de 2,4 bilhões de toneladas, para um consumo na ordem de 1,7 bilhão de toneladas.

Com isso, o excesso é de 700 milhões da capacidade instalada  de aço no mundo. Além disso, segundo Lopes, há projetos em andamento que podem adicionar seis milhões de toneladas, sendo a China o país que tem a maior capacidade em construção.

"Na China, hoje, tem hoje mais ou menos 417 milhões de excesso de capacidade, seguida por outros países da Ásia, da antiga União Soviética e também na Europa", disse Baptista Filho.

O presidente revelou que a China , atualmente, está invadindo os mercados siderúrgicos mundiais com um volume cada vez maior de aço: “A China vem ano a ano crescendo seu nível de exportação. No ano passado, exportou 90 milhões de toneladas e o ritmo neste ano está em torno de 130 milhões de toneladas".

Benjamin Mário Baptista Filho destacou que, para tentar impedir a ação da China neste mercado, vários países têm adotado barreiras de proteção: "Este ano, os Estados Unidos iniciaram processos de antidumping para vários produtos siderúrgicos tendo como foco a China", disse Baptista, indicando, no entanto, que este mecanismo acaba atingindo o Brasil.

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O setor siderúrgico prevê que vai fechar 2015 com uma queda de 2% na produção de aço bruto, em comparação com o ano passado, atingindo 33,2 milhões de toneladas contra 33,8 milhões de toneladas em 2014.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, será o menor volume de produção desde 2010.

Na vendas internas, a queda de produtos siderúrgicos deverá ser de 16,3%. Se confirmada essa previsão, os negócios ficarão no mesmo nível de 2006, quando as vendas alcançaram 18,2 milhões de toneladas.

Já o consumo aparente de aço – vendas internas mais importação por distribuidores e consumidores – deverá chegar a 21,4 milhões de toneladas, mesmo patamar registrado em 2007, com um recuo de 16,5% nesse ramo do setor do aço.

O setor indicou as importações diretas e indiretas e o encolhimento do mercado doméstico como os fatores que contribuíram para a "situação dramática" apontada pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, e que provocou a demissão de 21.786 trabalhadores entre 2014 e 2015 e a paralisação de 40 unidades de produção.

"Esse quadro é de uma gravidade nunca vista no setor. Na verdade não há nada que sinalize recuperação do mercado interno”, afirmou Lopes.

O presidente do Conselho Diretor do Instituto, Benjamin Mário Baptista Filho, destacou que o principal problema internacional é o excesso de capacidade, em torno de 2,4 bilhões de toneladas, para um consumo na ordem de 1,7 bilhão de toneladas.

Com isso, o excesso é de 700 milhões da capacidade instalada  de aço no mundo. Além disso, segundo Lopes, há projetos em andamento que podem adicionar seis milhões de toneladas, sendo a China o país que tem a maior capacidade em construção.

"Na China, hoje, tem hoje mais ou menos 417 milhões de excesso de capacidade, seguida por outros países da Ásia, da antiga União Soviética e também na Europa", disse Baptista Filho.

O presidente revelou que a China , atualmente, está invadindo os mercados siderúrgicos mundiais com um volume cada vez maior de aço: “A China vem ano a ano crescendo seu nível de exportação. No ano passado, exportou 90 milhões de toneladas e o ritmo neste ano está em torno de 130 milhões de toneladas".

Benjamin Mário Baptista Filho destacou que, para tentar impedir a ação da China neste mercado, vários países têm adotado barreiras de proteção: "Este ano, os Estados Unidos iniciaram processos de antidumping para vários produtos siderúrgicos tendo como foco a China", disse Baptista, indicando, no entanto, que este mecanismo acaba atingindo o Brasil.

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