Economia

Setor privado alemão tem fraqueza e aponta estagnação

Segundo pesquisa Índice de Gerentes de Compras, contração veio com empresas que com falta de nova encomendas reduziram os empregos


	Trabalhador entre vigas de aço incandescente na fábrica da empresa alemã Arcelor Mittal, em Hamburgo, Alemanha
 (Fabian Bimmer/Reuters)

Trabalhador entre vigas de aço incandescente na fábrica da empresa alemã Arcelor Mittal, em Hamburgo, Alemanha (Fabian Bimmer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 09h57.

Berlim - O setor privado da Alemanha contraiu levemente em maio, visto que as empresas com falta de nova encomendas reduziram os empregos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês) nesta quinta-feira, sugerindo que a maior economia da Europa irá estagnar no segundo trimestre.

A leitura preliminar do PMI composto do Markit que mede o crescimento no setor industrial e no de serviços, que juntos representam mais de dois terços da economia, subiu em maio para 49,9, ante 49,2 no mês anterior.

Mas isso ainda foi abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, e foi bem mais fraco do que a média de longo prazo da pesquisa de 52,9.

"As novas encomendas (no PMI composto) contraíram de forma marcante de novo, o que sugere que junho será fraco, então acho que veremos uma estagnação na melhor das hipóteses (no segundo trimestre), disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.

A economia alemã cresceu apenas 0,1 por cento nos três primeiros meses deste ano uma vez que a crise da zona do euro e a desaceleração econômica global dificultaram para que o país se recuperasse de uma contração de 0,6 por cento no final de 2012.

Dados recentes mostraram que a produção, as encomendas industriais, as importações e as exportações subiram em março, enquanto os indicadores mais recentes de confiança mostraram melhora apenas leve no sentimento do investidor, e clima pior entre as empresas.

A pesquisa PMI sugeriu que o setor industrial está se estabilizando, com aumento do subíndice que mede a atividade industrial subindo para 49,0 em maio, ante 48,1 no mês anterior, uma vez que as novas encomendas aumentaram pela primeira vez desde fevereiro e a produção cresceu depois de ter caído em abril.

No setor de serviços, entretanto, há sinais de complicações adiante, com as empresas sem novos contratos e margens operacionais sendo espremidas ao passo que os preços de insumos subiram com mais força do que os preços dos produtos, e com trabalhadores sendo demitidos.

O índice para o setor de serviços subiu para 49,8 em maio, ante 49,6 em abril.

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