Economia

Rússia quer trazer tecnologia armamentista à América Latina

Kozhin também destacou a vontade de Moscou de contribuir "para modernização da indústria militar" de seus parceiros latino-americanos


	Rússia: "A América Latina é um dos mercados mais promissores em matéria de exportação de armamento russo"
 (Vasily Fedosenko)

Rússia: "A América Latina é um dos mercados mais promissores em matéria de exportação de armamento russo" (Vasily Fedosenko)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 11h03.

Moscou - O Kremlin se mostrou interessado, nesta quarta-feira, em ampliar a cooperação militar com os países da América Latina, aos quais está disposto a transferir a mais moderna tecnologia armamentista.

"Não nos limitamos a fornecer armamento. Atualmente trabalhamos ativamente no âmbito da transferência de tecnologias armamentistas modernas", disse Vladimir Kozhin, assessor do Kremlin, em entrevista à agência "Interfax".

Kozhin também destacou a vontade de Moscou de contribuir "para modernização da indústria militar" de seus parceiros latino-americanos.

"A América Latina é um dos mercados mais promissores em matéria de exportação de armamento russo. Existem perspectivas significativas para o aumento da cooperação", ressaltou.

Kozhin lembrou que nestes momentos estão sendo feitos os últimos os detalhes de um programa de cooperação a longo prazo com Cuba e esperam fazer o mesmo com a Argentina, cuja ex-presidente Cristina Kirchner afiançou a cooperação com a Rússia.

Além de destacar a Venezuela como "parceiro tradicional", o funcionário lembrou que a Rússia e o Peru estão imersos em vários projetos de armamento.

Kozhin ressaltou que os helicópteros russos são muito pretendidos em países como Peru, Brasil, Colômbia e México por sua capacidade de se adaptar a diferentes condições orográficas e climatológicas.

Por esse motivo, a Rússia abriu negociações em países como Venezuela, Brasil e Peru para a criação de centros de manutenção de helicópteros.

"Nosso armamento é muito competitivo. Estamos dedicando especial atenção à entrada nos mercados daqueles países que tradicionalmente estão orientados a outros exportadores de armamento", disse.

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