A empresa russa Gazprom anunciou nesta quarta-feira o adiamento para 16 de junho do ultimato a Ucrânia para o pagamento da dívida pelo fornecimento do gás , ao mesmo tempo que prosseguem em Bruxelas as negociações sobre a questão.
"A parte russa deu um passo a favor da continuidade das negociações, que nos últimos dias foram intensas, e decidiu adiar a mudança para o sistema de pagamento antecipado para segunda-feira às 10 horas", disse o presidente da Gazprom, Alexei Miller, após um encontro com o comissário europeu da Energia, Gunther Oettinger.
Segundo um comunicado do Kremlin publicado, o presidente russo Vladimir Putin, que conversou por telefone com a chefe de Governo alemã Angela Merkel sobre a questão, pediu à delegação russa que prossiga negociando com "posições construtivas" para alcançar "um acordo mutuamente aceitável" para Rússia e Ucrânia.
Rússia, Ucrânia e União Europeia (UE) retomaram nesta quarta-feira as negociações em Bruxelas para tentar assegurar o fornecimento de gás russo a Kiev e saldar a dívida energética ucraniana.
A reunião conta com as presenças do comissário Oettinger e dos ministros da Energia da Rússia e da Ucrânia, Alexander Novak e Yuri Prodan, respectivamente, além de representantes da empresa russa Gazprom e da ucraniana Naftogaz.
De acordo com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, afirmou que Moscou ofereceu a Kiev um desconto de 100 dólares por cada 1.000 metros cúbicos de gás, pero o governo ucraniano rejeitou e busca uma alteração oficial da tarifa.
"Já conhecemos os jogos dos russos: apresenta um desconto por decisão do governo russo, que depois é rescindido por outra decisão do governo russo. Nossa posição continua sendo a mesma: queremos uma modificação do contrato", disse Yatseniuk.
Em abril, depois que os ativistas pró-Ocidente tomaram o poder em Kiev, Moscou elevou o preço dos 1.000 m3 de gás que vende a Ucrânia de 268,5 a 485,5 dólares, o maior valor na Europa.
Yatseniuk afirmou que o conselho de ministros deseja que o país assine um acordo para evitar que o caso seja levado aos tribunais.
- 1. Gás para mais de meio século
1 /12(Marcos Morteira)
São Paulo – Em dez anos, as reservas brasileiras provadas de
gás natural,
combustível que reponde por 9% da matriz energética nacional, registraram crescimento de 150%, atingindo 0,5 trilhões de metros cúbicos (m³). Um desempenho bem superior ao crescimento médio das reservas recuperáveis globais, de 23% entre 2001 e 2011. No entanto, no ranking geral de reservas provadas de
gás natural, o Brasil ocupa o 31º lugar, conforme
relatório estatístico anual da
energia mundial, preparado pela companhia de gás e
petróleo BP. O estudo mostra que as reservas mundiais provadas do combustível cresceram 23% na última década, atingindo um total de 208,4 trilhões de metros cúbicos em 2011,
energia suficiente para garantir a produção por pelo menos 60 anos. Conheça a seguir, as 10 maiores reservas nacionais de gás natural.
2. 1 - Rússia 2 /12(Getty Images)
Participação mundial: 21,4% Reservas provadas em 2011: 44,6 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 42,4 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 5,2%
3. 2 - Irã 3 /12(Getty Images)
Participação mundial: 15,9% Reservas provadas em 2011: 33,1 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 26,1 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 26,8%
4. 3 - Catar 4 /12(Getty Images)
Participação mundial: 12% Reservas provadas em 2011: 25 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 25,8 trilhões de m³ Queda em 10 anos: 3,1%
5. 4 - Turquemenistão 5 /12(Wikimedia Commons)
Participação mundial: 11,7% Reservas provadas em 2011: 24,3 trilhões de m³ Reservadas provadas em 2001: 2,6 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 834%
6. 5 - Estados Unidos 6 /12(Getty Images)
Participação mundial: 4,1% Reservas provadas em 2011: 8,5 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 5,2 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 63,5%
7. 6 - Arábia Saudita 7 /12(Wikimedia Commons)
Participação mundial: 3,9% Reservas provadas em 2011: 8,2 trilhões de m³ Reservas provadas em 1991: 6,5 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 26,2%
8. 7 - Emirados Árabes 8 /12(Getty Images)
Participação mundial: 2,9% Reservas provadas em 2011: 6,1 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 6,1 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 0%
9. 8 - Venezuela 9 /12(Wikimedia Commons)
Participação mundial: 2,7% Reservas provadas em 2011: 5,5 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 4,2 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 31%
10. 9 - Nigéria 10 /12(Getty Images)
Participação mundial: 2,5% Reservas provadas em 2011: 5,1 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 4,6 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 11%
11. 10 - Argélia 11 /12(Wikimedia Commons)
Participação mundial: 2,2% Reservas provadas em 2011: 4,5 trilhões de m³ Reservas provadas em 2001: 4,5 trilhões de m³ Crescimento em 10 anos: 0%
12 /12(Sergio Moraes/Reuters)