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Reunião de mediador com Argentina e credores é adiada

Reunião entre o governo da Argentina e os fundos de investimento que lhe processaram por dívida foi adiada para amanhã

Argentina: partes tentam chegar a um acordo antes de 30 de julho (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 13h43.

Nova York - A reunião convocada para esta quarta-feira entre o governo da Argentina e os fundos de investimento que lhe processaram nos Estados Unidos pela dívida em moratória desde 2001 foi adiada para amanhã, segundo informou o mediador do litigio.

O adiamento, segundo o mediador Daniel Pollack, designado pelo juiz nova-iorquino Thomas Griesa, se deve a que a comitiva do governo argentino informou na terça-feira pela tarde que não poderia chegar hoje.

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A reunião tinha sido convocada na terça-feira durante a audiência judicial na qual o juiz Griesa pediu a intensificação das negociações para evitar a moratória na Argentina e chegar a um acordo antes de 30 de julho.

Nessa audiência, Griesa desprezou a possibilidade de reativar a medida cautelar que permitia à Argentina pagar os credores que aceitaram a troca de dívida em 2005 ou 2010 e não os que seguem reivindicando 100% da mesma, os chamados "holdouts".

No entanto, hoje o governo argentino voltou a negar a possibilidade que o país entre em moratória técnica se não se alcança o citado acordo e rejeitou as previsões que vaticinam um futuro econômico negro.

"A Argentina funciona independentemente da extorsão de grupos minoritários de credores, das qualificadoras de risco. A Argentina segue andando, para seguir estimulando a atividade econômica", afirmou em Buenos Aires o chefe de Gabinete do Executivo de Cristina Kirchner, Jorge Capitanich.

A Argentina entrou em moratória em 2001 e depois negociou duas trocas de dívida com os detentores de sua dívida soberana, em 2005 e 2010, que implicaram grandes descontos no valor.

Mesmo assim, mais de 90% dos credores aceitou a troca e vieram cobrando desde então.

Os fundos litigantes possuem bônus não trocados e reivindicam o total do valor da dívida, em moratória desde 2001.

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