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Reformas, corte nos juros e comunicação mantêm boa avaliação do governo Lula

É o que indica a pesquisa feita pelo Instituto Sensus, encomendada pela CNT

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h45.

O índice de satisfação do cidadão oscilou negativamente em agosto, mas ficou praticamente estável: de 51,21% para 51,10% dentro da margem de erro. A situação econômica pessoal também variou negativamente, passando de 33,75% para 33,50%. A expectativa sócio-econômica também piorou, passando de 55,25% para 54,50%. É o que indica a pesquisa feita pelo Instituto Sensus, encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgada nesta terça-feira (25/8).

A capacidade de comunicação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a redução na taxa básica de juros e o empenho do governo na aprovação da reforma da Previdência são os fatores para a manutenção da aprovação popular ao governo Lula. Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, esses são os fatores para a manutenção da avaliação de Lula. "A comunicação pessoal do presidente, no momento em que ele vem a público falando da reforma da Previdência, mostrando as distorções, os altos salários, foi muito bem feita", afirmou Clésio Andrade (PFL), presidente da CNT e vice-governador de Minas Gerais.

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Na última semana, Lula concedeu entrevistas exclusivas e para pequenos grupos de jornalistas e atingiu os principais veículos de comunicação do país. "Se havia uma tendência de queda em sua popularidade, ela se manteve por conta dessa comunicação", disse Andrade. Para ele, o corte nos juros pelo segundo mês seguido também foi importante para a melhora do cenário.

O índice de avaliação positiva de Lula passou de 43,3% para 48,3% em agosto. A avaliação negativa oscilou de 10,3% para 10%. A avaliação regular variou de 38,8% para 38,6% em agosto. A aprovação do desempenho pessoal caiu de 77,6% para 76,7%, também dentro da margem de erro.

A reforma previdenciária teve boa receptividade. Pela pesquisa, 68,7% dos entrevistados são "a favor da reforma de maneira geral" e 60,2% deles acredita que a medida vai mudar a vida "para melhor". Apenas 15,7% são contra a reforma e 13% acreditam que a mudanças vão piorar a vida dos brasileiros. Pontos específicos, como o estabelecimento do mesmo teto de aposentadoria para funcionários do setor público e privado, também foram bem recebidos por 62% dos entrevistados.

Na área econômica, 55,1% acreditam que o governo está no "rumo certo", uma queda dentro da margem de erro na comparação com julho (57,6%). A área social teve a aprovação reduzida de 60,7% para 55,8% em agosto. Os ministros de Lula foram bem avaliados: 47,9% consideram o desempenho dos ministros e secretários do presidente como "bom ou ótimo", o mesmo resultado de julho.

Metodologia

A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual na faixa até 10 por cento e acima de 90 por cento. Na faixa de 10 a 30 por cento e de 70 a 90 por cento, ela é de 2 pontos. De 30 a 70 por cento, a margem é de 3 pontos. O Instituto Sensus entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 20 e 22 de agosto em 195 municípios das cinco regiões brasileiras.

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