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Recuo de energia foi maior impacto negativo no IPCA de junho

O item foi responsável por uma contribuição de -0,20 ponto porcentual para a deflação de 0,23% registrada pelo IPCA de junho.

conta de luz; energia elétrica; lâmpada (Kostas Tsironis/Bloomberg/Bloomberg)

conta de luz; energia elétrica; lâmpada (Kostas Tsironis/Bloomberg/Bloomberg)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2017 às 16h30.

Rio - As contas de luz ficaram 5,52% mais baratas em junho, maior impacto negativo sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O item foi responsável por uma contribuição de -0,20 ponto porcentual para a deflação de 0,23% registrada pelo IPCA de junho.

A queda na energia elétrica ocorreu a despeito do aumento na parcela do PIS/Cofins na maioria das regiões pesquisadas e dos reajustes de 5,84% nas tarifas de uma das empresas da região metropolitana de Porto Alegre, e de 7,09% em Curitiba, a partir de 19 e 24 de junho, respectivamente.

As contas de energia só não caíram em junho no Recife, porque, além do aumento do PIS/Cofins de 55,65%, houve reajuste de 8,87% na taxa de iluminação pública em 29 de abril, apropriada apenas agora ao cálculo do indicador.

A queda praticamente generalizada nas contas de luz foi decorrente da substituição em junho da bandeira vermelha pela verde, que elimina a cobrança extra de R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos.

Além disso, houve redução de 6,03% nas tarifas da região metropolitana de Belo Horizonte.

Como consequência, o grupo Habitação teve uma queda de 0,77% em junho, a maior entre os grupos que integram o IPCA. O resultado só não foi menor porque houve pressão dos aumentos de 1,14% nas contas de condomínio e de 2,16% nas taxas de água e esgoto.

Deflação

A deflação de 0,23% registrada pelo (IPCA em junho foi decorrente de quedas de preços generalizadas entre as 13 regiões pesquisadas, segundo os dados divulgados pelo IBGE.

"Não foi possível constatar, mas acho que podemos afirmar que é a primeira vez. Todo mundo ficou abaixo de zero", confirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

A queda mais acentuada foi registrada na região metropolitana de Belo Horizonte (-0,48%), enquanto a mais amena foi a de Goiânia (-0,04%). Em São Paulo, que responde por quase um terço do IPCA, a deflação foi de 0,31% em junho.

No Rio de Janeiro, os preços caíram 0,09%. Em Brasília, o recuo foi de 0,22%.

O IPCA abrange informações de dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília.

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