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Recessão se confirma nos países mais frágeis da zona do euro

A Comissão Europeia proporá aos dirigentes da UE que deem mais um ano ao país para reduzir seu déficit público, segundo anunciou o presidente José Manuel Barroso

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) demonstrou um pouco de otimismo ao considerar que pode haver crescimento na zona do euro, em particular na Alemanha (Sean Gallup/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 17h57.

Os indicadores de Itália, Grécia, Portugal e Chipre divulgados nesta segunda-feira confirmam a recessão em 2012, o que reativa o debate sobre a asfixia que a austeridade produz no crescimento, três dias antes de os presidentes europeus discutirem o assunto em Bruxelas.

Pouco antes da reunião em Bruxelas dos ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia encarregados de preparar a cúpula de chefes de Estado e de Governo sobre o crescimento e a competitividade prevista na próxima quinta e sexta-feira, as más notícias se acumulam.

Na Itália, a confirmação nesta segunda-feira pela manhã de que o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu 0,9% no quarto trimestre de 2012 prejudicou ainda mais um cenário que já era ruim devido à incerteza política e o rebaixamento em um nível da nota da Itália pela agência de classificação Fitch.

Trata-se do 6º semestre consecutivo de queda do PIB italiano e não deve haver recuperação antes do segundo semestre deste ano, apesar de muitos economistas começarem a pensar que isso não vai ser possível devido à crise política que atinge o país desde as eleições legislativas de fevereiro.

As mesmas nuvens escuras pariram sobre Portugal, onde o PIB caiu 1,8% no último trimestre de 2012 com a queda do crescimento para o conjunto do ano foi de 3,2%, segundo dados definitivos publicados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Trata-se da pior recessão desde 1975.

Esses dados refletem uma queda das exportações e da demanda interna.

O governo de centro-direita e a Comissão Europeia reconheceram que esta austeridade sem precedentes tem um impacto maior que o esperado na economia e no desemprego, que subiu a 16,9% em 2012.

A "troika" (UE-BCE-FMI) concluirá nos próximos dias um novo exame trimestral do plano de recuperação das finanças do país.


A Comissão Europeia proporá aos dirigentes da UE que deem mais um ano ao país para reduzir seu déficit público, segundo anunciou o presidente José Manuel Barroso no sábado.

Em sua chegada a Bruxelas, o ministro espanhol de Assuntos Exteriores e Cooperação, José Manuel García-Margallo, alertou que a "austeridade excessiva não contribuirá para nos tirar da recessão".

Questionado se seu país precisa de mais tempo para reduzir o déficit público a 3%, previsto para 2014, contestou: "dar facilidades aos países que estão fazendo os deveres, me parece uma boa ideia".

Também na Grécia, as autoridades anunciaram que o PIB despencou 5,7% no quarto trimestre de 2012.

Esses novos dados, se forem confirmados, apontam para um freio na deterioração da situação econômica, apesar de 2012 ter sido o quinto ano de uma recessão galopante e o pior é que não se espera crescimento antes de 2014.

No Chipre, que negocia um plano de resgate com Bruxelas, o PIB também se contraiu no último trimestre 1,1% no último trimestre de 2012 e o ministério das Finanças espera uma contração de 2,4% para todo o ano e de 3,5% para 2013.

Na Espanha, as autoridades confirmaram recentemente que o PIB caiu, em 2012, 1,4% e a recessão piorou no quarto trimestre (0,8%), devido, sobretudo, à queda da demanda interna.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) demonstrou um pouco de otimismo nesta segunda-feira ao considerar que pode haver crescimento na zona do euro, em particular na Alemanha.

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Os indicadores de Itália, Grécia, Portugal e Chipre divulgados nesta segunda-feira confirmam a recessão em 2012, o que reativa o debate sobre a asfixia que a austeridade produz no crescimento, três dias antes de os presidentes europeus discutirem o assunto em Bruxelas.

Pouco antes da reunião em Bruxelas dos ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia encarregados de preparar a cúpula de chefes de Estado e de Governo sobre o crescimento e a competitividade prevista na próxima quinta e sexta-feira, as más notícias se acumulam.

Na Itália, a confirmação nesta segunda-feira pela manhã de que o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu 0,9% no quarto trimestre de 2012 prejudicou ainda mais um cenário que já era ruim devido à incerteza política e o rebaixamento em um nível da nota da Itália pela agência de classificação Fitch.

Trata-se do 6º semestre consecutivo de queda do PIB italiano e não deve haver recuperação antes do segundo semestre deste ano, apesar de muitos economistas começarem a pensar que isso não vai ser possível devido à crise política que atinge o país desde as eleições legislativas de fevereiro.

As mesmas nuvens escuras pariram sobre Portugal, onde o PIB caiu 1,8% no último trimestre de 2012 com a queda do crescimento para o conjunto do ano foi de 3,2%, segundo dados definitivos publicados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Trata-se da pior recessão desde 1975.

Esses dados refletem uma queda das exportações e da demanda interna.

O governo de centro-direita e a Comissão Europeia reconheceram que esta austeridade sem precedentes tem um impacto maior que o esperado na economia e no desemprego, que subiu a 16,9% em 2012.

A "troika" (UE-BCE-FMI) concluirá nos próximos dias um novo exame trimestral do plano de recuperação das finanças do país.


A Comissão Europeia proporá aos dirigentes da UE que deem mais um ano ao país para reduzir seu déficit público, segundo anunciou o presidente José Manuel Barroso no sábado.

Em sua chegada a Bruxelas, o ministro espanhol de Assuntos Exteriores e Cooperação, José Manuel García-Margallo, alertou que a "austeridade excessiva não contribuirá para nos tirar da recessão".

Questionado se seu país precisa de mais tempo para reduzir o déficit público a 3%, previsto para 2014, contestou: "dar facilidades aos países que estão fazendo os deveres, me parece uma boa ideia".

Também na Grécia, as autoridades anunciaram que o PIB despencou 5,7% no quarto trimestre de 2012.

Esses novos dados, se forem confirmados, apontam para um freio na deterioração da situação econômica, apesar de 2012 ter sido o quinto ano de uma recessão galopante e o pior é que não se espera crescimento antes de 2014.

No Chipre, que negocia um plano de resgate com Bruxelas, o PIB também se contraiu no último trimestre 1,1% no último trimestre de 2012 e o ministério das Finanças espera uma contração de 2,4% para todo o ano e de 3,5% para 2013.

Na Espanha, as autoridades confirmaram recentemente que o PIB caiu, em 2012, 1,4% e a recessão piorou no quarto trimestre (0,8%), devido, sobretudo, à queda da demanda interna.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) demonstrou um pouco de otimismo nesta segunda-feira ao considerar que pode haver crescimento na zona do euro, em particular na Alemanha.

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