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Receita líquida de distribuidor de combustível cresce 87% em 6 anos

As empresas atacadistas de combustíveis (distribuidoras) aumentaram 86,9% sua receita líquida entre 1996 e 2001, enquanto para as varejistas (postos de gasolina) o aumento da receita foi de 39,9%. A Pesquisa Anual do Comércio, feita pelo IBGE, mostra porém que o número de funcionários (população ocupada) nesse período caiu 0,4% entre as atacadistas, e cresceu […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

As empresas atacadistas de combustíveis (distribuidoras) aumentaram 86,9% sua receita líquida entre 1996 e 2001, enquanto para as varejistas (postos de gasolina) o aumento da receita foi de 39,9%. A Pesquisa Anual do Comércio, feita pelo IBGE, mostra porém que o número de funcionários (população ocupada) nesse período caiu 0,4% entre as atacadistas, e cresceu 13,6% entre as varejistas. Os salários médios caíram em geral: -18,9% e -11,4%, respectivamente. O IBGE estimou em 1,3 milhões de empresas comerciais em atividade em 2001, gerando uma receita líquida de revenda de quase R$ 500 bilhões e ocupando 5,8 milhões de pessoas.

Enquanto o comércio varejista de combustíveis cresceu 39,92% entre 1996 e 2001, a venda de automóveis caiu 3,4% no período. A pesquisa estima em 111 mil empresas do segmento do comércio varejista e atacadista de veículos e peças e revendedoras varejistas de combustíveis em atividade em 2001, com 709 mil pessoas ocupadas e uma receita líquida de revenda de R$ 112,8 bilhões. Entre 2000 e 2001, o segmento teve um crescimento real de 10,6% e de 2,9% no número de postos de trabalho.

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Apenas o setor de varejo de combustíveis ampliou sua participação nesse segmento, por causa do comportamento dos preços dos produtos associado ao grande volume de vendas: registrou, em 2001, participação de 44,3% da receita líquida total, contra 42,1% no ano anterior. O comércio de automóveis, devido ao valor elevado de suas mercadorias, representou 40,6% do faturamento total do segmento. Mais da metade (53,6%) das empresas do segmento dedicaram-se à comercialização de peças e acessórios, que também foram as primeiras em ocupação de pessoal, absorvendo 37,3% da mão de obra. As empresas varejistas de combustíveis ocuparam 33,9%.

As empresas de combustíveis, representando apenas 1,4% do total, foram as primeiras em faturamento, respondendo por 36,6% da receita líquida total do comércio atacadista. Por ser formado basicamente de empresas de grande porte, o comércio atacadista de combustíveis ocupou em média 25,8 pessoas por empresa, enquanto o setor como um todo registrou uma média de 8,5 pessoas por empresa. Foi também essa atividade que pagou o maior salário médio mensal de todo o segmento (10,8 salários mínimos).

No comércio atacadista, o segmento de alimentos, bebidas e fumo destacou-se pelo número de empresas (32,5% do total) e na geração de empregos (31,5%), mas sofreu queda de faturamento: -24,4% na receita líquida; e ainda quedas de 1,8% na ocupação e 25,5% nos salários, entre 1996 e 2001. Quanto ao faturamento, foi o segundo em importância, respondendo por 17,7% do total.

O comércio atacadista como um todo, com 7,5% do total das empresas, foi responsável, em 2001, por 40,1% da receita liquida de revenda do comércio nacional (R$ 197,4 bilhões) e por 14,3% de todo pessoal empregado pelo comércio formalmente constituído no País, ocupando 823 mil pessoas. De 2000 para 2001, o segmento teve um crescimento real de 12,8% e um aumento de 11,0% no número de postos de trabalho.

Os dados da PAC 2001, comparados aos de 1996, apontam redução no nível de consumo das famílias brasileiras. Houve queda de 11,7% no total da receita líquida do varejo; -13,8% no salário médio do segmento; e aumento de 20,2% no número de empresas e de 22,1% nos postos de trabalho. O comércio varejista apresentou, entretanto, recuperação entre 2000 e 2001, após queda acentuada de 1996 a 1999. A pesquisa revela que 34,3% das empresas varejistas se dedicaram, em 2001, à comercialização de produtos alimentícios (hipermercados e supermercados; armazéns, mercearias e lojas de conveniência e comércio especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo), ocupando 35,1% da mão de obra e 41,1% da receita líquida de revenda total do varejo.

O segmento de hiper e supermercados, que representa apenas 0,9% dessas empresas, respondeu, sozinho, por 30,5% do faturamento do varejo ( R$ 55,6 bilhões). A receita líquida do segmento se manteve praticamente estável em relação a 1996, após um período de quedas. Houve aumento de 16,60% no pessoal ocupado e redução de -15,61% no salário médio.

Na comparação com os dados de 1996, registrou-se queda do faturamento do comércio varejista no segmento lojas de departamento, eletrodomésticos e móveis (-39,44%), embora este ainda se destacasse em 2001, representando 14,5% do faturamento total do varejo.

A estrutura do setor comercial apresentou predomínio das empresas varejistas em termos de número de empresas (83,8% do total), de empregos gerados (73,4%) e de massa de salários e outras remunerações pagas ( 60,5%). A receita líquida de revenda gerada pelo varejo (R$ 182,5 bilhões) ficou em torno de 37,0% do total gerado pelas empresas de comércio em 2001, inferior à sua participação em 2000, que foi de 38,9%.. Em relação a 2000, o setor varejista apresentou o menor crescimento real de todo comércio (3,6%). O crescimento no número de postos de trabalho de um ano para outro também foi de 3,6%.

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