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Protesto contra emenda Ibsen chega ao Cristo Redentor

Rio de Janeiro - A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, passou hoje a servir de outdoor para os protestos do governo fluminense contra a "emenda Ibsen Pinheiro", que redistribui os recursos de royalties e participações especiais da produção de petróleo e impõe uma perda de R$ 7 bilhões por ano para os […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Rio de Janeiro - A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, passou hoje a servir de outdoor para os protestos do governo fluminense contra a "emenda Ibsen Pinheiro", que redistribui os recursos de royalties e participações especiais da produção de petróleo e impõe uma perda de R$ 7 bilhões por ano para os cofres do Estado e de 90 cidades fluminenses. De acordo com o padre Omar Raposo, reitor do santuário do Cristo Redentor, o governo pediu autorização à Arquidiocese do Rio para que uma faixa com os dizeres "Contra a covardia em defesa do Rio" fosse pendurada no monumento.

A frase dá nome ao movimento desencadeado pelo governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), para tentar pressionar o Senado a barrar a emenda, aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada. A peça foi afixada nas armações metálicas que foram montadas em torno da estátua no início do mês para obras de conservação.

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O acesso ao topo do morro do Corcovado permanece aberto à visitação durante a reforma do Cristo, mas, além dos andaimes, os turistas têm agora que dividir a foto do monumento com a faixa de protesto. Apesar de ter concedido a autorização para que ela fosse pendurada, a Arquidiocese não informou se apoia o movimento organizado por Cabral, que promoverá uma passeata na próxima quarta-feira.

A comoção no Rio em relação às consequências da emenda chegou até a um jogo de futebol no sábado. Antes de iniciar a partida entre Bangu e Madureira pela Taça Rio, em Moça Bonita, o árbitro pediu um minuto de silêncio às torcidas. Mas em vez de um falecido recente, o luto foi dedicado à ameaça de perda de mais de 90% dos repasses indenizatórios da indústria do petróleo. Vasco e Flamengo planejavam entrar em campo ontem no Maracanã com uma faixa similar à do Cristo.

No sábado, Cabral detalhou a mobilização contra a emenda, que envolve entidades sociais e políticos de várias correntes partidárias, como a prefeita de Campos, a ex-governadora Rosinha Garotinho. Líder da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rosinha afirmou que prefeitos do interior organizarão caravanas para agregar manifestantes à passeata planejada por Cabral para a próxima quarta-feira, no Centro do Rio. Só o de Macaé, Riverton Mussi, prometeu enviar 1,5 mil pessoas. Cabral pretende decretar ponto facultativo a partir de 15 horas no dia da passeata e disse esperar o mesmo das prefeituras. Segundo o governador, uma comitiva do Espírito Santo, que também terá prejuízos com a emenda, participará do ato.

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