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Produtos consumidos no carnaval estão, em média, 2,91% mais caros, diz FGV

Levantamento feito pela instituição mostra que resultado ficou abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Carnaval: Foliões devem gastar mais na festa do que há um ano (PeopleImages/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 20h03.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 20h04.

Os produtos e serviços mais consumidos no carnaval subiram, em média, 2,91% nos últimos 12 meses. Os números foram divulgados hoje (25) Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e refletem o período entre março de 2018 e fevereiro deste ano. O resultado ficou abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, que subiu 3,98% no mesmo período.

Segundo o coordenador do IPC do Ibre, André Braz, a inflação do carnaval ficou menor que o IPC porque a economia ainda está andando um pouco devagar: "Temos ainda um número de desempregados bem grande, a inflação está contida e a previsão este ano é que ela continue abaixo da meta. Então, os preços andam bem-comportados", disse o economista.

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Para ele, um serviço ou outro surpreende um pouco, como por exemplo, as excursões, item que subiu 11,28%. Braz diz que o folião não vai estranhar muito os preços, mas deve ficar de olho no que acontece durante o carnaval. "Pela lei da oferta e da procura, os preços ficam diferenciados [nesse período]".

Variações

Dos 23 itens pesquisados pelo Ibre/FGV, o gás natural veicular (GNV) foi o que mais subiu: 16,52%, enquanto o etanol teve deflação de 2,52%. André Braz reiterou que os desafios são hospedagem, pedágio, revisão de carro e comida fora de casa.

De acordo com o economista, uma forma de diminuir esse desafio é preparar pelo menos as principais refeições do dia em casa, ou no acampamento, e deixar para gastar na rua com a cerveja e a água mineral. "Dessa forma, dá para passar um carnaval sem estourar o orçamento."

Conforme o levantamento do Ibre, subiram abaixo da inflação medida pelo IPC: óleo lubrificante (1,75%), pedágio (3,04 %), serviço de reparo em automóvel (3,74%), refeições em bares e restaurantes (2,82%), cafezinho (2,66%) e bebidas destiladas (2,19%). As menores variações foram observadas, porém, em cerveja (0,93 %) e hotel (0,53 %).

Além do item excursão, tiveram resultados negativos: preservativo e lubrificante (4,99%), doces e salgados (4,77%), café da manhã (4,59%) e sanduíches (4,29%), que subiram acima da inflação dos produtos consumidos no período carnavalesco.

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