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Produção industrial e vendas no varejo da China decepcionam em novembro

A produção industrial da segunda maior economia do mundo cresceu 2,2% em novembro ante igual mês do ano passado, desacelerando fortemente em relação ao ganho anual de 5% observado em outubro

China: as vendas no varejo chinês sofreram queda anual de 5,9% em novembro (Thomas Peter/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 07h38.

A atividade econômica da China sofreu um golpe mais intenso em novembro, à medida que rígidas medidas de combate à covid-19 prejudicaram a produção fabril e pesaram no consumo antes de uma súbita reversão da política de "covid zero", no fim do mês passado.

Dados do órgão de estatísticas chinês, conhecido como NBS, mostraram nesta quinta-feira (15) que a produção industrial da segunda maior economia do mundo cresceu 2,2% em novembro ante igual mês do ano passado, desacelerando fortemente em relação ao ganho anual de 5% observado em outubro. O resultado de novembro ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 3,7%.

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Já as vendas no varejo chinês sofreram queda anual de 5,9% em novembro, bem maior do que o declínio de 0,5% de outubro e também que a redução de 3,3% projetada no levantamento do WSJ.

Os investimentos em ativos fixos, por sua vez, apresentaram expansão de 5,3% entre janeiro e novembro em relação ao mesmo período do ano passado, depois de avançarem a um ritmo de 5,8% nos primeiros dez meses do ano. O consenso do WSJ para o intervalo de janeiro a novembro era de acréscimo de 5,6%.

Vendas de moradias na China sofrem queda anual de 28,4% entre janeiro e novembro

As vendas de moradias na China sofreram queda anual de 28,4% entre janeiro e novembro, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país. O resultado apontou ligeira piora em relação ao declínio de 28,2% observado de janeiro a outubro. As construções iniciadas - considerando-se tanto residências quanto propriedades comerciais - recuaram 38 9% nos primeiros 11 meses do ano ante igual período de 2021. Entre janeiro e outubro, a redução havia sido menor, de 37,8%.

Já os investimentos no desenvolvimento de projetos imobiliários sofreram contração anual de 9,8% de janeiro a novembro, aprofundando a redução de 8,8% vista nos primeiros dez meses do ano.

O preço médio de novas moradias nas 70 maiores cidades da China teve queda de 0,25% em novembro ante outubro, segundo cálculos do The Wall Street Journal baseados em dados divulgados pelo NBS. Em outubro, o preço havia sofrido recuo mensal maior, de 0 37%. Na comparação anual, o preço médio de novas moradias chinesas diminuiu 2,33% em novembro, após uma retração de 2,40% em outubro.

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