Economia

Produção de aço em Hebei cai com guerra contra poluição

Hebei, onde ficam sete das 10 cidades mais poluídas da China em 2013, tem sofrido uma forte pressão para "reestruturar e atualizar" sua economia


	Poluição na China: guerra contra a poluição já impacta a produção industrial da região
 (Mark Ralston/AFP)

Poluição na China: guerra contra a poluição já impacta a produção industrial da região (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 13h00.

Pequim - A produção de aço na província de Hebei, no norte da China, caiu 7,1 por cento em abril sobre um ano antes, apesar dos níveis mais altos de produção siderúrgica do país, em um sinal de que a guerra de Pequim contra a poluição já impacta a produção industrial da região.

Hebei, onde ficam sete das 10 cidades mais poluídas da China em 2013, de acordo com dados oficiais sobre a qualidade do ar, tem sofrido uma forte pressão para "reestruturar e atualizar" sua economia e reduzir dependência de indústrias poluidoras como aço e cimento.

Segundo dados da agência nacional de estatísticas, a província de Hebei produziu 16,18 milhões de toneladas de aço em abril, respondendo por 23,5 por cento do total nacional. A província produziu 17,43 milhões de toneladas em março. Durante os primeiros quatro meses do ano, Hebei produziu 66,59 milhões de toneladas, 24,5 por cento do total nacional e 4 por cento menos ante o mesmo período de 2013.

Hebei, que cerca a capital Pequim, tem sido o principal fronte em uma "guerra contra a poluição" promovida pelo país e que tem visado instalações industriais de pequena escala, incluindo centenas de siderúrgicas de capital fechado. A campanha já teve um impacto sobre o crescimento econômico, com o PIB da província crescendo 4,2 por cento no primeiro trimestre de 2014, uma queda ante uma expansão de 9,1 por cento no mesmo período no ano passado e de 8,2 por cento no quarto trimestre de 2013. A província de Hebei tem como objetivo cortar a capacidade de produção de aço bruto em 60 milhões de toneladas durante o período de 2014 a 2017, com 15 milhões de toneladas a serem fechadas este ano.

Autoridades esperam que os fechamentos cheguem a números maiores, com dúzias de siderúrgicas com dificuldades para sobreviver a uma crise financeira trazida por uma queda nos preços do aço e um aperto no crédito liderado pelo governo.

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