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Produção da Opep sobe em junho puxada por oferta saudita

A Opep bombeou 32,32 milhões de barris por dia em junho, com uma alta de 320 mil barris ante maio e o maior desde janeiro de 2018

A Arábia Saudita tem atendido ao pedido dos EUA e de outros produtores de uma maior oferta (David McNew/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 2 de julho de 2018 às 14h23.

Londres - A produção de petróleo da Opep subiu no mês passado, com a Arábia Saudita bombeando em nível quase recorde, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta segunda-feira, em um sinal de que a maior exportador global tem atendido pedidos dos Estados Unidos e outros produtores por uma maior oferta.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) bombeou 32,32 milhões de barris por dia em junho, de acordo com a pesquisa, alta de 320 mil barris ante maio. O total em junho é o maior desde janeiro de 2018, segundo as pesquisas da Reuters.

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O movimento saudita vem em um momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem demandado que Riad compense perdas de oferta com novas sanções norte-americanas contra o Irã e alivie os preços, que tocaram 80 dólares o barril neste ano pela primeira vez desde 2014.

A Opep e um grupo de países não-membros concordaram no mês passado em retornar a um nível de 100 por cento de adesão a cortes de oferta que começaram em janeiro de 2017, após meses em que uma produção menor na Venezuela e em outros países levou o cumprimento do pacto a mais de 160 por cento.

"Nós estamos entrando no segundo semestre do ano com uma enorme incerteza no lado da oferta da equação", disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.

"Dependendo de suas crenças, você poderia facilmente apostar tanto em 100 dólares quanto em 60 dólares ao final do ano", acrescentou.

A Arábia Saudita disse que a decisão da Opep deve se traduzir em uma alta de produção de cerca e 1 milhão de bpd, embora o comunicado do grupo não tenha definido claramente um volume.

Conforme publicado na sexta-feira, a Arábia Saudita elevou sua produção para 10,7 milhões de bpd em junho, perto de um recorde de 10,72 milhões de bpd, para compensar a menor oferta da Venezuela e outros países, além das perdas esperadas no Irã. Com isso, a adesão da Opep aos cortes caiu para 110 por cento, ante 167 por cento em maio.

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