Produção agrícola de 2002 deverá ser 1,3% menor, diz IBGE
A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas deve 1,30% inferior à produção da safra de 2001 (98,544 milhões de toneladas). Neste ano, a safra deve alcançar 97,266 milhões de toneladas, segundo as estimativas de outubro do IBGE. Com relação às estimativas de setembro, que apontavam para uma produção de 97,832 milhões de toneladas, neste […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.
A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas deve 1,30% inferior à produção da safra de 2001 (98,544 milhões de toneladas). Neste ano, a safra deve alcançar 97,266 milhões de toneladas, segundo as estimativas de outubro do IBGE. Com relação às estimativas de setembro, que apontavam para uma produção de 97,832 milhões de toneladas, neste mês há uma queda de 0,58%.
Entre as regiões, a produção brasileira está assim distribuída: Norte, 2,148 milhões de toneladas; Nordeste, 6,399 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 31,291 milhões de toneladas; Sudeste, 14,156 milhões de toneladas e região Sul, 43,273 milhões de toneladas.
Dentre os produtos analisados, apresentam variação positiva na estimativa de produção, em relação a 2001: arroz em casca (2,97%), feijão em grão 1ª safra (34,98%), feijão em grão 2ª safra (15,21%), Feijão em grão 3ª safra (15,48%), e soja em grão (11,29%). Com variação negativa: algodão herbáceo em caroço (-18,02%), milho em grão 1ª safra (-16,65%), milho em grão 2ª safra (-1,81%) e trigo (-1,77%).
Apenas a colheita do trigo ainda está em andamento, principalmente no Rio Grande do Sul, já que, no Paraná, está nos momentos finais.
Quanto ao trigo, a posição de outubro mostra perda de cerca de 12% em relação à previsão de setembro, o que significa uma retração de 400 mil toneladas. Agora, espera-se para 2002 uma produção desse cereal de 3,203 milhões de toneladas, ante as 3,260 milhões de toneladas colhidas em 2001. Ou seja, as duas safras serão praticamente iguais. As condições climáticas contrárias (estiagens, geadas, chuvas na colheita) nos principais estados produtores (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul) são os motivos que mais influenciaram o decréscimo na produção de trigo. As reduções nesses Estados, em relação a setembro, são as seguintes: Paraná (-11%), Rio Grande do Sul (-14%) e Mato Grosso do Sul (-30%).
Pecuária municipal e silvicultura
Centro-Oeste mantém liderança em pecuária bovina em 2001. O maior rebanho bovino do Brasil se encontra nesta região, onde a atividade pecuária é favorecida tanto pelo relevo, com extensas áreas planas, quanto pela vegetação, com predominância de campos. A região Sudeste, embora fortemente urbanizada, também desenvolve atividade expressiva na pecuária bovina e, graças aos resultados do estado de Minas Gerais, é líder na produção de leite entre as grandes regiões do país. Juntas, as regiões Centro-Oeste e Sudeste concentram mais da metade do rebanho bovino brasileiro.
Em termos nacionais, a comparação entre 2000 e 2001 mostra aumento de 21% da produção de carvão vegetal extraído de florestas nativas, em contraste com a redução de mais de 12% registrada na produção proveniente da silvicultura, ou seja, de árvores plantadas com essa finalidade.
2003
O primeiro prognóstico para a safra de 2003, segundo levantamento realizado pelo IBGE em outubro, revela que a área plantada ou a plantar deve crescer 2,36% em relação a 2002, passando de 33,011 milhões de hectares para 33,791 milhões. A área colhida, por sua vez, deve crescer 3,10% em comparação à de 2002.
2001
A soja foi o produto agrícola que apresentou os melhores resultados no país em 2001, ocupando a liderança tanto em valor da produção quanto em área plantada, além do segundo lugar nacional em termos de quantidade produzida. O milho, líder nacional em quantidade produzida, e a cana-de-açúcar, plantada em todas as unidades da federação, também se destacaram na agricultura brasileira.
Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal, a soja foi a cultura que obteve o maior valor da produção em 2001, em razão do grande volume desta oleaginosa exportado in natura e à procura pelas indústrias de óleo e de farelo. A segunda lavoura quanto ao valor da produção foi a cana-de-açúcar, pois o país apresenta grande produção física do produto, que alimenta um expressivo parque agroindustrial produtor de açúcar e de álcool. Em terceiro lugar, observou-se a cultura do milho, que atende principalmente às necessidades da produção animal, seja pelo uso simples e direto como alimento, seja pela utilização na composição de rações industrializadas. A avicultura e a suinocultura, sobretudo, são muito dependentes do milho como base alimentar.