Economia

Presidente da Fiesp diz que reforma tributária foi "mutilada"

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, criticou nesta quinta-eira (11/12) a reforma tributária aprovada pelo governo. Vai sair uma reforma mutilada do Senado, afirmou. Segundo ele, os principais pontos, que são a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a criação de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, criticou nesta quinta-eira (11/12) a reforma tributária aprovada pelo governo. Vai sair uma reforma mutilada do Senado, afirmou. Segundo ele, os principais pontos, que são a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a criação de um imposto centralizado, ficaram para serem discutidos em 2004 e 2007, respectivamente. A reforma ficou muito aquém do que esperávamos. É uma frustração muito grande, afirmou.
O presidente da Fiesp disse ainda acreditar que o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria brasileira cresça em torno de 4% em 2004, enquanto o do país fique em 3,5%. A indústria paulista deve crescer um pouco acima da média nacional, afirmou. Para este ano, enquanto a previsão é de um PIB nacional positivo em 0,2%, ele disse que a indústria deve registrar desempenho negativo de 0,5%.

Sobre a política industrial do governo, que teve suas diretrizes divulgadas no último dia 26, disse que é preciso ampliar a lista de setores selecionados. O governo elegeu quatro setores prioritários: semicondutores, software, fármacos e medicamentos e bens de capital. Outros setores têm de ser incluídos, disse. Segundo Piva, nos últimos meses os empresários não participaram das discussões sobre a política industrial por uma opção do governo, que preferiu trabalhar com seus técnicos. Mas a partir de agora vamos nos envolver, vamos defender uma maior participação do BNDES como fomentador das pequenas e médias indústrias, vamos defender uma política de pesquisa e desenvolvimento e ajudar a identificar setores com grane capacidade exportadora e o que eles precisam.

Piva voltou a defender a queda dos juros. Disse esperar que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima semana, reduza os juros em pelo menos 1,5 ponto percentual.

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