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Premiê britânico diz que crise da zona do euro está longe do fim

Cameron disse que a crise da zona do euro pode ser, em parte, responsabilizada pela recessão do Reino Unido

Cameron disse que o Reino Unido "continua firmemente decidido a fazer respeitar o direito dos habitantes das Falklands" (©AFP / Kerim Okten)
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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2012 às 15h11.

LONDRES - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a crise de dívida da zona do euro ainda não chegou nem à metade de sua duração e expressou dúvida a respeito do futuro do euro como moeda única em entrevista neste domingo.

Cameron disse que a crise da zona do euro pode ser, em parte, responsabilizada pela recessão do Reino Unido, e insistiu que retomar o fôlego da economia britânica é a questão de maior importância para o governo, num momento em que a popularidade de seu partido, o Partido Conservador, caiu a seu menor nível desde 2004.

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"O que está ocorrendo na zona do euro é uma tensão maciça... à qual países estão tendo grande dificuldade para se adaptar, e estamos vendo o resultado disso. Portanto, não acho que chegamos nem à metade da crise de dívida", disse ele à BBC.

"Acredito que será um longo e doloroso processo para a zona do euro, enquanto os países membros tentam descobrir se realmente querem uma moeda única aliada a uma política econômica comum... ou se eles desejam algo bem diferente", adicionou.

Países na periferia da zona do euro estão tendo dificuldades para implementar medidas de austeridade, que têm como objetivo reduzir o tamanho de seus déficits orçamentários, e a ajuda do Banco Central Europeu (BCE) a bancos não está se mostrando uma solução duradoura.

O Reino Unido enfrenta seu próprio desafio de reduzir seu déficit orçamentário, e as dificuldades encontradas nesse processo têm prejudicado o partido de Cameron, que enfrentará eleições locais ao longo de grande parte do Reino Unido na quinta-feira.

Uma pesquisa de opinião no jornal britânico Sunday Times mostrou que o apoio ao Partido Conservador caiu a 29 por cento. O líder do partido de oposição, o Partido Trabalhista, tem 40 por cento dos votos.

Cameron disse que retomar o fôlego da economia é sua maior prioridade, mas rejeitou qualquer afrouxamento do plano de austeridade e insistiu que um reequilíbrio da economia, que leve ao crescimento com base na intensificação das exportações, está ocorrendo, embora num ritmo lento demais.

"É isso que me motiva, impulsionar nossa economia, criar empregos para aqueles que trabalham duro e garantir que quando as pessoas dão o máximo de si ao trabalhar e fazem as coisas certas, recebem recompensas. É por isso que eu levanto de minha cama todos os dias", disse.

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