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Preços mundiais de alimentos estão nas mínimas de 4 anos

Cotações de todos os principais grupos de alimentos, exceto carnes, estão em um declínio liderado pelos produtos lácteos

Alimentos: índice de preços da FAO atingiu 196,6 pontos em agosto, uma queda de 3,6% ante julho (REUTERS/Jose Manuel Ribeiro)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 12h00.

Roma - Os preços mundiais dos alimentos em agosto atingiram seu nível mais baixo desde setembro de 2010, com as cotações de todos os principais grupos de alimentos, exceto carnes, em um declínio liderado pelos produtos lácteos, afirmou a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira.

O índice de preços da FAO, que mede as mudanças mensais de preços para uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, atingiu 196,6 pontos em agosto, uma queda de 3,6 por cento ante julho.

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Um embargo russo às importações de produtos lácteos de países que impuseram sanções contra Moscou, em meio ao conflito na Ucrânia, puxou para baixo os preços dos laticínios, que já estavam em queda, segundo a FAO.

O índice de lácteos caiu 11,2 por cento na comparação mês a mês e 18,9 por cento na comparação anual, enquanto o índice geral de preços caiu 3,9 por cento ante agosto de 2013.

A FAO elevou sua previsão para a produção global de cereais em 2014 para 2,512 bilhões de toneladas, 14 milhões de toneladas acima de sua previsão anterior. Isso colocou a produção deste ano no caminho para ser apenas de 0,5 por cento menor do que o recorde da safra do ano passado.

A agência também subiu sua previsão de produção mundial de trigo para 716,5 milhões de toneladas, perto de nível recorde de 2013, ante uma estimativa anterior de 707,2 milhões, devido a colheitas maiores do que o esperado na China, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.

Os estoques de cereais ao final da temporada de 2015 foram ajustados para 616 milhões de toneladas, 12 milhões de toneladas acima da previsão anterior.

Os preços das carnes contrariaram a tendência e subiram 1,2 por cento no mês, com a demanda na China suportando as importações e uma reconstrução do rebanho na Austrália reduzindo a oferta para exportação de carne bovina. (Reportagem de Isla Binnie)

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