(Samuel Corum//Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de setembro de 2021 às 13h34.
Última atualização em 30 de setembro de 2021 às 14h04.
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira, 30, que deve haver "algum alívio" na inflação nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2022. Durante depoimento em comitê da Câmara dos Representantes, Powell destacou que os EUA estão em uma situação difícil entre a inflação e o emprego, com aquela elevada e este ainda longe do quadro ideal.
Em sua fala, Powell chegou a qualificar o quadro na inflação como "frustrante", diante de gargalos na cadeia de produção que perduram e "parecem ainda ficar um pouco pior".
Nesse quadro, ele disse que a inflação deve ficar elevada por mais tempo do que o antes esperado.
Powell alertou para os efeitos de um eventual default da dívida dos Estados Unidos, caso o Congresso não aprove a elevação do teto. Durante audiência na Câmara dos Representantes, Powell ressaltou que "nem o Fed nem ninguém" poderia proteger o país totalmente dos efeitos de um default.
Também presente na audiência, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que o não pagamento da dívida levaria a aumento nos juros para todos no país.
O presidente do Federal Reserve afirmou também, em resposta a uma questão de um legislador, que não há um plano do Fed para banir as criptomoedas.
Durante a audiência na Câmara dos Representantes, ele afirmou ainda que é "apropriado" regular as stablecoins, criptomoedas com valor atrelado a moedas como dólar ou o euro, um instrumento popular atualmente.
Powell também comentou sobre a força de trabalho nos Estados Unidos, prevendo que ela deve crescer. Ele disse que parte dos que se aposentaram na pandemia poderá voltar à ativa, enquanto a reabertura das escolas também deve ajudar a levar mais pessoas ao mercado de trabalho.
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