PIB do Chile avança 1,6% em 2016, no menor patamar desde 2009
Para a Capital Economics, o país pode entrar em uma recessão técnica, já que o crescimento é afetado pela greve na maior mina de cobre do mundo
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de março de 2017 às 18h20.
São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile cresceu 1,6% em todo o ano de 2016 na comparação com 2015, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo banco central do país.
O resultado é o mais modesto desde 2009 no país.
No quarto trimestre, o crescimento chileno foi de apenas 0,5%, na comparação com igual período do ano anterior.
Na avaliação da Capital Economics, os números mostram que o país pode entrar em uma recessão técnica, já que o crescimento é afetado pela greve na maior mina de cobre do mundo, Escondida.
Segundo a consultoria, o crescimento chileno pode sofrer contração no primeiro trimestre deste ano, por causa dessa paralisação na mina, iniciada em fevereiro.
No quarto trimestre, a Capital Economics diz que, em termos sazonalmente ajustados, já houve recuo econômico.
"Embora o crescimento deva reagir assim que a greve se resolver, a economia terá dificuldade de crescer mais de 1% neste ano como um todo", afirma.
Segundo o Nomura, os números divulgados hoje mostram "uma economia estagnada", que não mostra sinais de recuperação "após vários trimestres de desempenho fraco".
Na avaliação do banco, o BC chileno deve cortar a taxa em mais 0,50 ponto porcentual, para 2,5%, ao longo dos próximos meses.
O Nomura aponta que os números do quarto trimestre do ano passado mostram uma piora na contração do investimento, devido à fraqueza no investimento do setor de construção.
O banco espera que o Chile cresça 1,9% em 2017 e 2,4% em 2018.