Real: na comparação com o terceiro trimestre de 2015, houve recuo de 2,9% (foto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de novembro de 2016 às 11h59.
São Paulo - A atividade econômica apresentou contração de 0,7% no terceiro trimestre deste ano em relação segundo trimestre de 2016, quando caiu 0,6%, na série com ajuste sazonal. O dado, calculado pela Serasa Experian, contrariou a expectativa de recuperação da economia.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2015, houve recuo de 2,9%, sem ajuste sazonal, e declínio de 4,0% no acumulado do ano até setembro de 2016. "Frustrou as expectativas de retomada mais firme da economia ao longo do segundo semestre do ano", avalia a nota.
Além de registrar um número pior que o segundo trimestre, o dado reforça, segundo a Serasa, que a recessão econômica se prolongou e até mesmo se intensificou durante o período de julho a setembro.
"Avanço do desemprego, crédito mais caro e escasso, níveis de inadimplência elevados tanto de consumidores quanto de empresas e dificuldades financeiras de alguns entes federativos são alguns dos elementos que impactaram negativamente sobre a atividade econômica no terceiro trimestre", explica.
Com exceção do setor de serviços que ficou estável no terceiro trimestre ante o anterior, todos os segmentos do lado da oferta registraram contração. O PIB da agropecuária cedeu 3,7% ante o segundo trimestre deste ano e caiu 1,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.
O setor industrial teve recuo de 2,3% na margem e teve contração de 3,8% frente ao terceiro trimestre do ano passado.
Pela ótica da demanda, houve recuo em todos os componentes no terceiro trimestre ante o segundo: consumo das famílias teve retração de 1,4%; o consumo do governo caiu 0,7%; os investimentos cederam 5,4%; as exportações caíram 7,2% enquanto as importações registraram declínio de 3,5%, com dados já dessazonalizados.
Sem ajuste sazonal, houve declínios de 4,9% no consumo das famílias; de 3,0% nos gastos do governo; de 10,6% nos investimentos; de 1,4% nas exportações; e de 7,1% nas importações, conforme a Serasa.